sexta-feira, 17 de outubro de 2025

A parceria entre rios e vales (crônica)

Todos sabem que, como grandes amigos, rios e vales trabalham em parceria desde os primórdios. Há uma cumplicidade muito forte entre eles. É um pacto silencioso que atravessa séculos, milênios...

O rio é um sonhador, um aventureiro: como principal função escolheu correr, ora lenta, ora violentamente. Rasgando longas distâncias ele distribui suas águas pela natureza afora, abastecendo reservatórios, populações de todas as proporções.

Já o vale escolheu outra missão: ser paciente e acolhedor. Juntos, rios e vales, desenharam os contornos do mundo começando nos primeiros tempos, e continuando a atualizá-los até nossos dias.

Quando as nuvens descarregam suas águas abundantes sobre as montanhas, os vales as acolhem com os braços estendidos e as conduz rumo ao seu próximo destino: o rio. O rio as recebe e as incorpora ao seu leito, e segue em diante. Serpenteia, canta (ruge às vezes), ora lento, ora mais destemido (ou até feroz). Existem momentos em que vai além de seu leito original, transbordando e invadindo com todo entusiasmo o espaço do vale.

O vale, ao invés de reclamar pela invasão temporária do rio, o acomoda ternamente, pois conhece o gênio de seu amigo, e o mantém abraçado fortemente.

Essa parceria provoca transformação por onde o rio passa: no lugar onde havia pedras fica depositada areia, onde o rio descansa são despejados sedimentos que promovem a fertilidade da terra. Essa parceria faz os vales florescerem e alimentarem muitas vidas.


terça-feira, 7 de outubro de 2025

O sol e a lua - uma amizade brilhante (fábula infantil)

Era uma vez... 

Lá no alto do céu, o Sol brilhava majestoso, e uma Nuvem fofinha sorria feliz enquanto distribuía pequenas sombras refrescantes. Os dois permaneciam bem no alto, um ao lado do outro, e passavam os dias observando a vida na terra. Tinham um olhar especial para as crianças que brincavam nos campos, e para as plantinhas que cresciam nos jardins.

O Sol vivia espalhando luz e calor. Ele ajudava as flores a se abrirem, amadurecia os frutos e enchia os corações das pessoas de alegria.

- Olá, mundo, dizia o Sol todas as manhãs, com um sorriso iluminado. Vou mandar para vocês um dia cheio de luz e de energia.

Mas, às vezes, o calor era tanto que as plantas ficavam cansadas, os rios começavam a secar e até os bichinhos procuravam a sombra.

Foi então que a Nuvem, suave como uma bola de algodão, chegou com uma ideia:

- Amigo Sol, você toparia trabalhar junto comigo, em parceria? Assim, quando você brilhar demais, eu venho e trago um pouco de sombra e chuva fresquinha. Desse jeito, tudo fica equilibrado.

O Sol pensou por uns instantes, achou a ideia brilhante e respondeu:

 - Gostei da ideia. Maravilha. Vamos formar uma equipe.

E assim fizeram. Quando o dia estava muito quente, a Nuvem passava devagar e deixava gotas de água caírem, refrescando tudo. Às vezes, ela se esticava como um cobertor e deixava o céu nublado por um tempo, enquanto o Sol descansava atrás dela.

Os benefícios dessa parceria apareceram rapidamente, porque não houve mais excessos, e tudo ficou muito melhor, inclusive a qualidade de vida. As árvores dançavam suavemente, os riachos cantarolavam felizes e as crianças se divertiam pulando nas poças d’água.

A partir daquele dia, o Sol e a Nuvem se tornaram grandes amigos e essa amizade crescia cada vez mais e eles nunca mais trabalharam sozinhos. Descobriram que quando existe união e todos decidem se ajudar, tudo fica mais fácil e muito melhor.

E no céu, até hoje, se vê o Sol e a Nuvem em perfeita harmonia, cuidando do mundo com luz, sombra, chuva e carinho.

Pensamento: Quando cada um faz a sua parte e coopera com o outro, o mundo se torna um lugar mais feliz e melhor para todos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O boi e o cavalo (fábula)

Em outros tempos...

Numa antiga e próspera fazenda, um boi e um cavalo pastavam juntos quando, de repente, começaram a discutir sobre qual dos dois era mais importante para o fazendeiro.

- Claro que sou eu, ponderou o boi, com voz firme: eu proporciono a carne para alimentar a família.  E enquanto isso não acontece, puxo o arado para cultivar os campos.

O cavalo bateu os cascos no chão e respondeu prontamente:

- Sou eu, sem dúvidas. Eu transporto mercadorias e pessoas de um lugar para outro. Sou o símbolo de força e coragem! Sem mim, muitos ficariam em seus lugares, sem conhecer o mundo.

O boi balançou a cabeça, contrariado:

- Veja bem, cavalo. tu és veloz, mas não trabalhas todos os dias como eu.

Nervoso o cavalo relinchou, balançou o pescoço e respondeu:

- E de que adiantaria tanto alimento plantado e colhido, se não pudesse ser carregado para outros mercados? Sem mim, os grãos ficariam parados, sem comércio, sem chegar às mesas.

O dono da fazenda ouviu a discussão dos dois e interveio:

- Meus bons amigos, não há motivo para brigarem. Cada um tem sua função. O boi é a força que sustenta a lavoura, e o cavalo é a velocidade que transporta os alimentos. Um completa o outro. Sem o trabalho de vocês dois, a vida do homem seria bem mais difícil.

O boi e o cavalo se olharam em silêncio e concordaram. Descobriram que a grandeza não está em ser mais útil que o outro, mas em reconhecer que cada ser tem seu próprio papel no mundo.

 

Reflexão: A verdadeira sabedoria está em reconhecer que ninguém é superior, apenas diferente em sua utilidade.



sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Liderança (E-book)


Acessar/Adquirir: Instagram (Bio) @eniomacagnan

 

E o reino voltou à normalidade (fábula)

Em outros tempos...

Havia um reino onde a paz e a harmonia reinavam há muitos anos. O povo trabalhava feliz, os campos eram férteis e o rio corria caudaloso e límpido. Porém, certo dia, a ganância e a vaidade invadiram o coração do jovem príncipe. Ele passou a exigir sempre mais: mais riquezas, mais festas, mais bajulações...

Para satisfazer seus caprichos, começou a elevar significativamente os impostos e a atender apenas os amigos. O povo se sentiu abandonado e começou a trabalhar sem ânimo, o que se refletiu na diminuição da produtividade.

Pouco a pouco começou a faltar alimentos nos supermercados. A tristeza tomou conta do reino: as crianças pararam de brincar, as lavouras começaram a ser invadidas por ervas daninhas, até os pássaros pareciam entristecidos e deixaram de cantar. O reino, antes tão pujante, mergulhou num silêncio estranho.

Foi então que uma senhora idosa e muito sábia, que vivia numa montanha, pediu uma audiência com o príncipe. Diante dele, contou-lhe uma parábola simples, mas com muito sentido:

“Quando o rio é forçado a correr apenas para um lado, ele seca do outro lado. E quando seca, todos sofrem: os peixes, as flores, os viajantes e até o próprio rei, a quem um dia faltará água.”

O príncipe ouviu com atenção e percebeu que era ele a causa de tanta desgraça em seu reino. Decidiu, então, devolver a dignidade ao povo: reduziu impostos, ouviu conselhos e voltou a andar entre os aldeões, aprendendo com seus acertos e erros.

Pouco a pouco, as mercadorias voltaram a abastecer os mercados, as crianças voltaram a brincar, a população voltou a ser feliz e tudo voltou à normalidade.


Reflexão: Um reino, uma casa ou até um coração, só vivem em paz quando há equilíbrio e justiça.



Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

A mudança

O filósofo Heráclito sugere que a constância é uma ilusão, quando afirma que a mudança é a essência de todas as coisas, e que a única coisa permanente é a mudança.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Seja um forte

É normal que as posições mais desafiadoras nas batalhas sejam designadas aos melhores soldados. 

O mesmo ocorre com a vida: os maiores desafios recaem sobre as pessoas mais fortes (não fisicamente). 

A própria natureza conhece os mais fortes (e Deus também!). 

Por isso, nem pensar em ser pessimista, ou sequer pensar em desistir diante de qualquer contrariedade, por dura ou difícil que seja. 

Se ela se apresentou às nossas vidas não foi para nos desestabilizar, mas para nos dizer que chegou a hora de lutar, e vencer. 

Portanto, mãos à obra.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

As formigas e o pequeno grilo (Fábula)

Em outros tempos...

Havia numa floresta uma grande colônia de formigas. Elas viviam sempre ocupadas carregando folhas, sementes e outros pequenos detritos para o seu formigueiro. Próximo ao formigueiro, dentro de um oco de uma árvore morava um pequeno grilo, alegre e cantor. Ele passava os dias saltitando e semeando sua música suave pela floresta.

Algumas formigas desse formigueiro, enciumadas e arrogantes, começaram a tratar o grilo com desdém. Elas diziam que ele era preguiçoso e que apenas o trabalho delas era importante.

- Vejam, gritou uma delas, enquanto nós trabalhamos sem cessar, esse inútil vive cantando e se divertindo.

Elas se uniam em grupos para expulsá-lo de seu caminho, frequentemente derrubavam o galhinho onde ele estava pousado e, ainda pior, espalharam boatos pela floresta dizendo que ele era preguiçoso e que vivia atrapalhando o trabalho dos outros.

Diante de tanta perseguição o grilo se sentiu muito triste e pensou até em abandonar a floresta. Sua voz, antes potente, tornou-se fraca e praticamente parou de cantar.

Um dia, a floresta foi acometida por uma terrível tempestade. As águas abundantes da chuva invadiram o formigueiro, expulsando as formigas de lá. A chuva continuava forte. O vento rugia ensurdecedor derrubando folhas e galhos das árvores. Desesperadas começaram a vagar em busca de um abrigo, mas sem sucesso. Foi quando ouviram uma melodia conhecida: era o canto do pequeno grilo.

Guiadas pela música, as formigas encontraram um tronco oco e seguro, onde puderam se abrigar até a tormenta passar. Perceberam que aquela música que tantas vezes elas haviam desprezado, agora lhes salvara a vida. Envergonhadas, pediram desculpas ao grilo, reconhecendo que cada ser da natureza tem o seu dom e sua importância.

O grilo voltou a cantar, mas dessa vez com o coração leve: finalmente havia sido respeitado.

Reflexão: Às vezes, aquilo que parece inútil é justamente o que nos salva nos momentos difíceis.


Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Assédio Moral

Por se tratar de assunto complexo e envolvente, as reflexões a seguir não tratarão os aspectos jurídicos do tema, mas se limitarão ao nível administrativo.

Assédio moral é violência psicológica exercida de forma continuada e deliberada por gestor sobre um subordinado em ambiente de trabalho.

Esse tipo de assédio sempre existiu. Mas, nos últimos anos tem tido maior divulgação, sendo que muitos casos vieram à tona, e continuam a aparecer, e com muita ênfase. É possível que nem tenha havido um aumento sensível de casos nos dias atuais. É provável que esse incremento na divulgação se ampara no fato dos funcionários, cientes de seu direito de ser respeitados, prezem por mantê-lo, além de terem adquirido a coragem necessária para denunciar os fatos. Além disso, as denúncias estão sendo tratadas cada vez mais sob o prisma dos direitos humanos e com trânsito mais livre nas esferas judiciais.

Essa violência psicológica pode ser concretizada por ações humilhantes continuadas, sistemáticas e prolongadas sobre determinado funcionário. Pode ser exercida através de xingamentos, ofensas, gritos, menosprezo, desrespeito, e qualquer outro ato que provoque humilhação ao assediado.

Independentemente dos motivos ou objetivos do gestor que prática o assédio (e da própria empresa), sejam eles velados ou escancarados, afetam sensível e negativamente o equilíbrio psicológico do funcionário.

Esse desequilíbrio desestabiliza o colaborador e o torna cada vez mais inseguro. Essa insegurança pode ser tão marcante que, em muitos casos, ele começa a acreditar que esse tratamento que lhe está sendo dispensado é decorrente da sua real personalidade. Se chegar a esse ponto, o funcionário começa a se tornar cada vez mais refém de seus medos e de suas dúvidas, e passa a se considerar um inútil.

O que acontece com um funcionário dominado pelo medo, pela dúvida, pela indecisão? A sua criatividade desaparece gradativamente, até abandoná-lo por completo, e ele se limitará a exercer as suas atividades exatamente da forma como lhe serão solicitadas.

Lesões

O assédio moral provoca vários tipos de lesões ao funcionário assediado. Jorge Dias Souza (no livro As chefias avassaladoras) destaca três principais tipos de lesão, segundo ele as mais graves e mais frequentes:

Lesão à intimidade

A empresa revista o funcionário no final do expediente, às vezes, com necessidade de despir-se completamente diante de seguranças. É considerado lesão à intimidade do funcionário que, claro, não o faria por sua própria iniciativa. Atualmente existem tecnologias suficientes para detectar eventuais subtrações de material de qualquer espécie por colaboradores, sem a necessidade de expor a pessoa à situação tão humilhante, detestável e desnecessária

Lesão à honra

Quando o funcionário é xingado e ridicularizado perante os demais, devendo assumir, às vezes, papéis inusitados como rastejar, vestir-se forma inadequada à sua condição natural perante a sua equipe, dentre outras situações desagradáveis e desrespeitosas. Muitas vezes acontece quando um funcionário não atinge as metas impostas pela empresa ou, mesmo atingindo, permaneça em um patamar inferior ao dos demais colegas.

Lesão à imagem

Nesse caso, o funcionário é repreendido frequente e inadequadamente perante os colegas, ou até subalternos, dentre outras situações. Essa situação tem o objetivo de diminuí-lo perante os seus colegas. Às vezes ocorrem situações ainda mais embaraçosas e graves em que o assediador vai além de atingir a própria pessoa e cita fatos desabonadores de familiares do empregado. Essa atitude se configura em total falta de respeito.

Principais tipos de assédio:

Assédio moral vertical descendente

Praticado pelo gestor do funcionário. É o mais frequente. O gestor se sente em patamar superior ao do funcionário e entende que tem o direito de tratá-lo do jeito que melhor lhe aprouver.

Assédio moral horizontal

Quando praticado entre funcionários do mesmo nível hierárquico. Esse tipo de assédio pode ter diversas origens, como ciúmes, inveja, rivalidade profissional, ausência de afinidade... Pode ocorrer, também, por funcionários que têm bom relacionamento com o gestor, de quem se sentem protegidos e, por isso, se atribuem o ‘direito’ de exercer assédio moral sobre seus colegas.

Infelizmente, muitas vezes esses casos são interpretados pelos gestores, de forma equivocada, como problemas de relacionamento pessoal. Por isso, o problema geralmente não é solucionado.

Assédio moral vertical ascendente

Esse tipo de assédio é inverso ao primeiro: é praticado por funcionários contra seu gestor. Essa modalidade acontece em várias circunstâncias, mas, principalmente quando percebem que o gestor é inseguro, inexperiente, ou por outros motivos que, de qualquer maneira, impedem que ele exerça um controle adequado sobre a equipe. Pode ocorrer, ainda, por funcionários admitidos por indicação política interna ou externa da empresa e que, por isso, se sentem intocáveis.

“Terceirização” do assédio

Como se observa, o assédio moral pode se apresentar de muitas maneiras, e através de diversos disfarces. Existem casos em que os assediadores diretos não possuem tais características, mas são de certa forma compelidos por seus superiores a fazê-lo sob pena de sofrerem punições de todo tipo, inclusive para preservar seus empregos.

Nesses casos, os gestores são obrigados a assumir atitudes de seus superiores perante os subordinados como sendo de sua iniciativa, e são proibidos de citar os verdadeiros responsáveis pela origem dos fatos.

Essa “terceirização” do assédio moral é praticada pelos superiores do gestor do funcionário assediado. Assim, o verdadeiro assediador é o superior, não o gestor. Mas o gestor é obrigado a assumir atitudes de seus superiores perante os funcionários, e assumi-las como se fossem suas.

Muito a contragosto, mas por necessidade de manter seus empregos ou para não sofrer outros tipos de ameaças e punições, assumem esse papel e, perante os assediados, são vistos como os verdadeiros assediadores.

Às vezes, o gestor, ou a própria empresa, utilizam a estratégia do assédio moral quando pretendem desligar o funcionário: para evitarem a arcar com os custos trabalhistas do desligamento, praticam assédio moral contra eles com o objetivo de forçá-los a pedir demissão. Pode parecer cruel, mas acontece. São atitudes desumanas.

Conforme se observa, existem várias formas de assédio moral a funcionários. E isso é uma grande falta de respeito. O assediador não avalia que pode estar promovendo um estrago enorme na vida do assediado. Estrago esse, muitas vezes irreversível.

É importante que todos os casos de assédio sejam denunciados, primeiro ao gestor do assediador e, caso não resulte em solução, devem ser levados às últimas esferas, inclusive à esfera judicial. Não é admissível que pessoas espezinhem seus semelhantes, independentemente do motivo, ou pelo simples fato de se julgarem superiores.

Sugere-se aos assediadores, ainda, que procurem ajuda profissional, pois psicologicamente se encontram em patamares muito inferiores àqueles dos assediados.

Poder de direção e de controle

Entretanto, é bom frisar que nem todas as atitudes do empregador são assédio. O empregador, até por força de contrato assinado entre a empresa e o empregado, possui determinados direitos, também chamados de poder de direção e de controle. E isso não deve ser confundido com assédio moral.

É o poder do empregador de definir as atividades atribuídas ao funcionário, o modo como devem ser desenvolvidas, a duração da jornada de trabalho, a remuneração a ser recebida, etc. Isso tudo, geralmente, consta no contrato de trabalho assinado por ambas as partes, no qual é definida a funcionalidade dessa relação trabalhista.

É sua prerrogativa, ainda, fiscalizar: se as atividades estão sendo desenvolvidas conforme definido, o desempenho do funcionário, o cumprimento da jornada de trabalho etc., enfim, assegurar-se de que as cláusulas contratuais estão sendo cumpridas na sua plenitude.

No exercício de sua função de empregador, ele não pode limitar-se apenas a garantir o bom funcionamento da empresa, mas também assegurar o bem-estar e os direitos trabalhistas e pessoais de seus empregados. O limite desses poderes é a lei.

sábado, 13 de setembro de 2025

Não se esqueça

Durante os anos de nossa vida aprendemos, ensinamos e construímos muitas coisas. 

Porém, precisamos nos lembrar que tudo é efêmero, ou seja, tem valor temporário apenas. 

No final, o que vai valer mesmo é o que poderemos levar para o outro lado: 

nossos valores, 

o bem feito e dirigido aos outros, 

nosso exemplo e, sobretudo, 

o nome de cada pessoa que está gravado no nosso coração.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Aniversário da esposa

 

Hoje o dia é especial porque celebra a dádiva da sua vida. Quero agradecer por cada momento que compartilhamos, por cada sorriso que me dá força e por cada gesto de amor que me inspira a ser melhor.

No seu aniversário, desejo que todos os seus sonhos floresçam, que a alegria seja sua companheira constante e que a vida lhe retribua com tudo o que você espalha: amor, bondade e beleza.

Sou grato por caminhar ao seu lado, por dividir a vida com você e por poder celebrar mais um ano da sua existência maravilhosa. Que venham muitos outros aniversários, sempre cheios de saúde, paz e felicidade.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Segunda Corrida SAEA


 

A disputa entre o sol e a nuvem (fábula)

Em outros tempos...

No alto dos céus, havia uma nuvem muito arrogante. Ela se autodenominou ‘a nuvem mais poderosa da terra’. Costumava encher o peito a todo momento e vociferar aos quatro ventos: “Eu sou a salvadora da terra. Se não fosse o meu trabalho constante os rios secariam, as plantas morreriam, e as pessoas não teriam a menor chance de viver.”

Todos se calavam, confusos. Ninguém queria ser atingido pela ira da nuvem. Mas, havia alguém que a observava em silêncio: era o sol. Um dia, ao perceber que todos estavam apavorados, ele falou com toda firmeza: “Sra. nuvem, você já falou muita mentira. Imagine se de repente eu deixasse de lançar meus raios sobre a terra; quem faria as plantas crescerem? Quem forneceria luz para os habitantes? Quem os aqueceria? Sem meu calor nada existiria, até tu desaparecerias.”

A nuvem se irritou ao ser desafiada pelo sol e esbravejou: “Então, vamos ver quem será o vencedor. Vou te esconder e todos verão que sou eu quem domina o céu!” Em seguida ela estendeu seu manto de fumaça encobrindo o firmamento até o último horizonte. Com isso a terra se tornou acinzentada e fria. As pessoas, pouco a pouco, se tornaram tristes. As plantas e as flores murcharam e começaram a perder suas folhas. Até os pássaros se calaram. Tudo parecia que estivesse prestes a sucumbir. Mas o Sol, sempre paciente, esperava em silêncio para ver quanto tempo a nuvem manteria a sua teimosia.

Depois de um tempo, a nuvem se cansou com tanto desgaste para se manter cobrindo o céu. Cansou-se também de ouvir xingamentos dos homens que sofriam com a situação. Então, percebeu que sozinha jamais conseguiria reinar, e se dissipou, permitindo que os raios do sol voltassem a ser distribuídos sobre a terra.  Na sequência ela falou: “Vejo, meu caro sol, que um precisa do outro. A chuva refresca, mas é a tua luz que faz a vida florescer.”

O Sol respondeu: “Juntos, amiga, podemos transformar a terra deixando-a sempre melhor.”

Desde então, o sol e a nuvem aprenderam a se revezar no céu, entendendo que nenhum é maior que o outro: cada um tem seu tempo e sua importância.


Reflexão: A verdadeira grandeza não está em tentar vencer sozinho, mas em reconhecer que a harmonia nasce da cooperação.


Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A grandeza de reconhecer os próprios erros (crônica)

Em outros tempos...

Era uma dessas tardes de verão iguais a tantas outras, com o céu meio encoberto por fumaça, corriqueiro em cidade industrializada, e que o sol aparece timidamente de quando em quando.

Havia uma praça grande, que abrigava jardins floridos, árvores frondosas que ofereciam sombras refrescantes, quadras de esportes e bancos de alvenaria para as pessoas se sentarem e descansarem.

Muitos passarinhos tagarelavam sem cessar ocultos entre as folhagens das árvores e pombos, também em abundância, circundavam os transeuntes na esperança de receber algum alimento.

Num desses bancos estava sentado o Sr. Raimundo.  Sexagenário, aposentado, com poucos compromissos diários, passava longas horas em algum desses bancos, até o entardecer.

Contemplava o céu, ou as crianças brincando, ou ouvia o chilrear dos passarinhos ou, simplesmente, permanecia distraído e calado.

Gostava de fixar o olhar no horizonte, buscando velhas recordações, lembranças de amigos que já partiram, e às vezes apenas para lembrar e rir de suas manias vividas no passado.

Dentre as lembranças que mais lhe vinham à mente, destacavam-se o tanto que trabalhou, o quanto foi durão consigo mesmo e com os outros. Recordava-se das muitas vezes que, por mero orgulho, não dava o braço a torcer, fingindo-se de corajoso.

Parecia um filme instalado em sua mente exibindo o seu passado. Revia as inúmeras vezes que, por ausência total de humildade, decidia manter-se em silencio a pedir perdão quando errava. Mas isso era passado e não podia mais ser revertido.

Um dia, enquanto confabulava consigo mesmo, um rapaz se aproximou e se sentou ao seu lado, no mesmo banco, e permaneceu calado por algum tempo. Mesmo em silêncio, ele aparentava a necessidade de desabafar algo importante com alguém.

Lá pelas tantas, ele respirou profundamente, e dirigindo-se ao Sr. Raimundo falou:

- O meu pai é muito teimoso, não ouve ninguém e nunca admite seus erros. E eu tenho medo de me tornar como ele.

O Sr. Raimundo olhou para o rapaz e, com toda sabedoria, falou:

- Meu garoto, a vida ensina tudo o que se deve aprender. Mas, às vezes, a gente demora demais para entender que para reconhecer os próprios erros precisa ser de uma grandeza colossal, não em tamanho físico, mas em fortidão e sabedoria. É por isso que só os fortes conseguem pedir perdão. Os outros, se apegam ao orgulho e ao medo disfarçados de coragem.

O rapaz concordou acenando com a cabeça. Então, o velho continuou:

- Por longos anos eu me mantive distante de um irmão apenas porque discutimos sobre algo irrelevante. Eu exigia, na época, que ele se desculpasse e me pedisse perdão, o que não aconteceu. Então, rompi o relacionamento com ele. Um dia, porém, eu percebi minha besteira e resolvi procurá-lo e lhe pedir perdão.

Quando o encontrei, mencionei o assunto e ele sequer se lembrava do episódio. Então eu o abracei, chorei, lhe pedi perdão pelo longo silencio. Prometi a mim mesmo que nunca mais deixaria o orgulho falar mais alto do que o afeto. Desde então continuo errando, igual a todo mundo, mas aprendi a pedir desculpes e a relevar.

O rapaz permaneceu em silêncio por algum tempo, talvez para digerir o que acabara de ouvir. Depois, respirou fundo, como se tivesse se livrado de algo que o incomodava muito, levantou-se e com um aceno de mão me agradeceu e foi embora (quem sabe para conversar com o pai, ou para pedir desculpas a alguém ou, quiçá, para começar a ser grande de verdade!).


Reflexão: O mundo fica mais claro quando a gente deixa o orgulho e o substitui pelo afeto.


Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

O rei arrogante (fábula)

Em outros tempos...

A floresta do Vale Verde abrigava um reino com uma grande quantidade de animais e de aves. O rei era um leão ignorante, ganancioso e arrogante que reinava como um absolutista. Não aceitava ser contrariado e tampouco permitia que lhe apresentassem sugestões de melhorias. Além disso detinha o hábito de humilhar seus súditos sobretudo os pequenos e mais fracos, exercendo um verdadeiro assédio moral sobre eles.

Um dia, para demonstrar seu autoritarismo, começou a humilhar vários bichos, chamando-os de inúteis, incompetentes, incapazes de qualquer coisa e vociferando que era ele quem os sustentava e que sem ele, todos morreriam de fome.

Eram tantas as ameaças e humilhações sofridas pelos pequenos animais, que ninguém ousava revoltar-se, reclamar, ou mesmo comentar sobre a situação, apesar da insatisfação de todos. Os animais maiores e os passarinhos também não ousavam se manifestar por temerem que a ira do rei os alcançasse.

Mas, um dia, um velho, sábio e respeitado corvo retornou de uma viagem que fizera a outro reino vizinho. Sobrevoando os povoados, inteirou-se da situação precária dos animais. Contrariado, no dia seguinte ele reuniu a todos numa clareira e disse, alto e em bom som, para que todos ouvissem:

- Todo rei deve ser um líder, não um tirano. E todo líder governa junto com seus liderados, anda com eles lado a lado, ajuda, anima e acolhe. Quando o rei se afasta de seus liderados e tenta impor-se através de ameaças acabará ficando sozinho.

Em seguida, convidou todos os animais a segui-lo em busca de outras paragens para implantar um novo reino. Os bichos aceitaram o convite e decidiram abandonar o lugar. Deixaram o leão sozinho, sem um único súdito para servi-lo.

A partir de então o rei leão ficou sozinho sem qualquer amigo, vagando pelas pradarias, revoltado por ter sido abandonado por aqueles cujas vidas, segundo ele, lhe pertenciam.

Outro reino se formou em outra floresta, onde os animais viveram em paz, liderados por um verdadeiro líder cuja palavra de ordem mais eloquente era o respeito.


Reflexão: O verdadeiro respeito não nasce do medo, mas da justiça e da dignidade.


sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O rei justo (fábula)

 Em outros tempos...

Havia um Reino distante num imenso vale ladeado por altas montanhas. Rios de águas cristalinas abasteciam os cidadãos de água, em abundância, inclusive para irrigar os campos tornando-os ainda mais férteis. Esse Reino era governado por um rei magnânimo chamado Arquimedes. Ele era diferente da maioria dos reis: ao invés de buscar ouro e honrarias para si próprio, era conhecido por sua imensa bondade. Com ele no comando o povo vivia em paz e seguro.

Muitas vezes o rei se vestia como um simples cidadão e saía às ruas e aos povoados mais distantes para ver como o seu povo vivia e quais eram suas principais necessidades. Era seu modo de governar.

Houve um tempo e que fortes tempestades seguidas de ventos destruidores arrasou as plantações e muitas casas. Ele decidiu oferecer o próprio palácio para acolher os desabrigados e fornecer comida e outros itens para minorar o sofrimento do seu povo. Compartilhou suas reservas de comida com a população necessitada. Por último, convocou seus ministros e ordenou que utilizassem as reservas do reino para reconstruir as casas avariadas e repor sementes e máquinas para os agricultores retomarem suas atividades.

Alguns nobres, mais preocupados com seu próprio umbigo do que com a população, recriminavam o rei, sugerindo que ele estava se enfraquecendo enquanto ajudava a população. Mas ele se mantinha firme e respondia:

- Um rei justo deve ser um líder, e o líder caminha ao lado dos liderados para alcançar os objetivos.

O tempo foi passando, e o resultado das atitudes do Rei em prol da população começou a se manifestar: o reino voltou a florescer, os campos produziram alimentos, o povo estava feliz e a miséria desapareceu. A forma de governar do rei Arquimedes, devido aos resultados positivos que gerava, atravessou as fronteiras do reino. Missões oficiais de outros reinos compareciam para aprender com o ele o verdadeiro jeito de governar para o povo.

Reflexão: A verdadeira grandeza de um governante está em sua bondade e justiça. Quem governa com o coração conquista o povo e se consagra na história.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

A vida é curta

Todos sabemos que a vida é breve (“passa voando”). 

Alguns parentes e amigos já nos precederam. 

Então, bora viver intensamente cada momento, deixando “nossa marca” por onde passamos, semeando amor nos corações de quem passa por nós, sendo referência para quem caminha conosco. ,

Referência de valores maravilhosos como afeto, bondade, empatia e respeito. 

Deixar para cada um, um pedaço do melhor de nós.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O julgador e o espelho da justiça (fábula)

Era uma vez, uma colossal floresta, de dimensões continentais, totalmente tomada por árvores frondosas e verdejantes. O verde marcante se misturava com o dourado forte semeado pelos raios do sol tornando-a ainda mais imponente. Chamava-se Floresta Alviverde. Nela existia um reino poderoso e muito organizado.

Os bichos desse reino formavam uma sociedade bem definida, com todas as estruturas político-sociais e econômicas necessárias para o seu perfeito funcionamento. A Autoridade Jurídica Soberana da Floresta Alviverde era uma jararaca chamada Dandra.

Ela foi nomeada para a função porque, além de muito eloquente, era tida pelos animais como sábia e inteligente. Além disso em seus longos tratados defendia a justiça e sempre se manifestava em prol da igualdade de oportunidades para todos.

Mas, por trás dessa fachada ela escondia um coração cheio de maldade e de ódio.

Pouco tempo após a sua nomeação ela começou a revelar sua verdadeira personalidade. Não suportava, sob qualquer hipótese, ser contrariada por quem quer que seja. Não aceitava que lhe apontassem as agressões que ela cometia contra as leis daquele reino. Interpretava a lei a seu gosto, criava regras e as impunha, não para garantir a justiça, mas para punir os seus desafetos. O beija-flor Ludovico, por exemplo, foi condenado porque construiu seu ninho numa árvore próxima à toca da Jararaca, mesmo que não houvesse qualquer lei que proibisse, e nem havia regra inventada por Dandra. Uma raposa chamada Filomena foi multada só porque “exagerou num sorriso que esboçou no tribunal”, e o coelho Rabicó foi preso por “desrespeito à toca da cobra”, porque havia construído a sua há poucos metros daquela da Juíza, apesar de tê-la feito antes da sua nomeação. Essas são algumas das muitas atrocidades que praticava diariamente.

Tais atitudes, da Autoridade Jurídica Soberana, espalhavam medo entre os animais, transformando o local num reino de terror. Todos evitavam contestar, ou mesmo comentar, as decisões dela, pois ela sempre encontrava uma forma de distorcer a lei e mandar prender o suposto infrator.

Mas todos sabem que o mundo gira, que a terra tem movimentos de rotação e de translação. Assim, um certo dia, uma velha tartaruga chamada dona Judite, de andar lento e tranquilo, retornou à floresta de uma visita que fizera a outro reino distante e muito poderoso. Ela trazia em sua bagagem um velho espelho mágico, encravado em uma pesada moldura de madeira, conhecido como Espelho da Justiça. Qual era a magia desse espelho? Ao invés de repercutir o reflexo de quem olhasse para ele, mostrava, como em um filme, os atos maldosos praticados por ele.

Dona Judite, que estava ciente de todas as maldades praticadas por Dandra, um dia lhe pediu para que a recebesse em audiência, pois desejava mostrar-lhe o espelho. Por curiosidade, a jararaca Dandra consentiu.

- Meritíssima, eu lhe trouxe um presente, falou-lhe a tartaruga, colocando o espelho diante dela.

- Um espelho? Você acha que preciso de um espelho? respondeu Dandra, em tom de deboche.

Mas, extremamente curiosa, ela olhou para o espelho e levou um grande susto: ao invés de ver refletida a sua imagem, viu a dor que havia causado ao beija-flor, a humilhação imposta a Filomena, as lágrimas brotadas dos olhos do coelho Rabicó, e tantas outras maldades praticadas contra outros bichos. Viu também a própria imagem sendo deformada, transformando-se num vulto sombrio, com seus olhos atolados em sangue.

Ao seu redor, os bichos assistiam a tudo em silêncio. Ninguém falava nada, somente observavam. E aquele silêncio a torturava. Dandra tentou negar tudo, mas todos sabiam, e ela também sabia, que o Espelho da Justiça não mente.

Conhecedores das injustiças praticadas pela jararaca Dandra, o Conselho dos Anciãos da floresta se reuniu e decidiu destituí-la de sua função e nomear um velho e justo lobo chamado Matil como o novo guardião da justiça.

Dandra passou seus últimos dias torturada pelas revelações constantes de sua consciência que lhe mostrava as barbaridades que havia cometido.

Desde então, na Floresta Alviverde a justiça voltou a ser cega, porém nunca surda e nem muda, mas verdadeiramente justa.

Reflexão: Quem manipula a justiça para destruir desafetos um dia será julgado por ela mesma, e com o mesmo rigor.

 


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

O veredicto do juiz imparcial (fábula)

Em um reino distante havia um juiz muito correto chamado Baltazar. Ele era conhecido e estimado por todos devido a sua imparcialidade nos julgamentos. No tribunal, ele se atentava a cada detalhe, e avaliava todas as evidências antes de proferir o seu veredito.

Certa feita, dois fazendeiros disputavam a posse de um cavalo de raça muito valioso. Um afirmava que o havia adquirido há alguns meses de um transeunte, já o outro dizia que lhe pertencia e que lhe fora furtado de sua propriedade. O juiz Baltazar ouviu pacientemente os argumentos dos dois litigantes, ouviu e avaliou os testemunhos apresentados e, no final, com toda segurança decidiu a favor daquele que apresentou as provas mais fundamentadas.

A cada julgamento, sua fama de juiz justo se espalhava pelo reino e pelos reinos vizinhos. Todos acatavam suas decisões, pois sabiam que eram corretas.

Um dia, o rei lhe pediu, pessoalmente, um favor: que no seu próximo julgamento, onde estavam envolvidos um nobre, amigo dele, e um homem desconhecido do povo, que desse ganho de causa ao nobre, mesmo na hipótese de ele estar errado, pois era um amigo seu. O julgador, mantendo sua postura de juiz justo, respondeu calmamente ao rei:

- Majestade, meus julgamentos se fundamentam na justiça, pautados na igualdade e na avaliação das provas apresentadas, sem considerar a classe socioeconômica dos envolvidos e tampouco as influências que eventualmente possuam na sociedade.

Envergonhado, o rei reconheceu que pedira algo injusto e que jamais lhe seria concedido pelo juiz. Além disso, reconheceu a sabedoria do magistrado e nunca mais tentou interferir em suas decisões.

Moral da história: A verdadeira justiça é aquela que sempre se apoia na verdade.

 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

 

 

 

Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Você se conhece

Ninguém deve dar-se ao luxo de perder seu precioso tempo tentando justificar aos outros atitudes de sua própria vida. 

Melhor é agir de acordo com a consciência e seguir em frente fazendo o bem e, se preciso for, dando as costas aos que o desaprovam ou criticam. 

“Quem sabe de mim sou eu mesmo!”

quarta-feira, 30 de julho de 2025

A tartaruga e o riacho (fábula)

Era uma vez uma tartaruga chamada Vagarosa, que morava em uma linda floresta repleta de riachos e campos verdes.

Vagarosa era conhecida por sua sabedoria e paciência. Ela caminhava devagar, porém sempre chegava ao seu destino. Mas, havia um riacho no caminho dela que se tornou seu grande obstáculo. Quando o nível da água subia, o riacho transbordava e formava uma correnteza forte, que bloqueava a passagem.

Um dia, a tartaruga tentou atravessá-lo, mas a água estava tão alta que ela não conseguiu e quase foi levada pela correnteza. Alguns animais da floresta, como os alces e os lobos, atravessavam o riacho com facilidade pulando distante. Eles zombavam da Tartaruga Vagarosa, dizendo: “Você nunca conseguirá atravessar. Desista de vez. Você é muito lerda.”

Mas a tartaruga, calma e serena, respondia: “Eu não sou rápida, admito, mas não vou desistir. Um dia vocês me verão aí do outro lado.”

No dia seguinte, a tartaruga retornou ao riacho. Mas em vez de tentar atravessá-lo, ela começou a analisar cuidadosamente a correnteza e as pedras que formavam o leito do riacho, e fez diversos cálculos matemáticos. Aproveitando as pedras que aí estavam em abundância, começou a criar um caminho em uma das margens. Cada dia trabalhava um pouquinho e juntava algumas pedras. Os animais da floresta riam dos esforços da Vagarosa, afirmando que ela estava perdendo seu tempo. Mas ela sabia que não podia desistir. Estava ciente que o trabalho e a persistência a levariam à vitória. Depois de muitos dias de trabalho ela concluiu a sua parte da obra. Só faltava as águas baixarem.

Após algumas semanas, as chuvas diminuíram e o riacho começou a baixar o seu nível. Então foi possível ver que ela construíra uma pequena ponte de pedras de uma margem à outra, permitindo que atravessasse o riacho com segurança.

Os animais viram a tartaruga atravessar o riacho lentamente, mas com segurança, e envergonhados perguntaram: “Vagarosa, como você conseguiu? Nós zombávamos de você, mas agora vemos que fez algo que não imaginávamos.”

A tartaruga sorriu e respondeu: “Eu sabia que o riacho era um entrave para mim, mas em vez de me desesperar ou desistir, escolhi perseverar. Não importa quanto se tenha que lutar para atingir o objetivo, nem quantas vezes os outros sugiram que se desista, o segredo é seguir em frente, passo a passo, com paciência, perseverança, e confiança de que um dia se chega lá”. Todos entenderam que com trabalho e persistência é possível superar os obstáculos que bloqueiam nosso caminho, como a tartaruga que nunca desistiu e foi recompensada.

 

Moral da estória: O trabalho a perseverança e a paciência são as chaves para superar qualquer adversidade.

 

terça-feira, 22 de julho de 2025

Ande sozinho mesmo!

Existem momentos em que precisamos nos transformar em nossos próprios heróis e seguir nosso caminho sozinhos. 

Sem desistir!

domingo, 20 de julho de 2025

O carvalho e o vento do juízo

Em uma clareira de uma exuberante floreta que cobria uma grande colina, existia um velho carvalho que se destacava pela sua imponência. Ele era muito forte e parecia ser muito firme também.

Os viajantes, os caçadores que por lá passavam, costumavam se abrigar sob sua densa sombra. Servia, ainda, como abrigo para centenas de pássaros e pequenos animais que repousavam sobre seus galhos. Enfim, era a árvore mais conhecida e mais admirada daquela floresta.

Certa manhã, bem cedinho, surgiu um vento suspeito, muito forte, chamado Sopro Destruidor. Esse vento chegou dizendo que era o juízo supremo descido dos céus. Era vaidoso, arrogante e impiedoso. Afirmava que com seu poder aniquilaria quem quisesse, e julgaria a todos segundo seu desejo, sem ouvir, sem ponderar, e sem perdoar. Olhou direto para o majestoso carvalho e falou: "Este carvalho se acha mais forte do que eu, mas vou lhe mostrar que o juiz sou eu, e que eu decido quem permanece e quem cai".

De imediato, o vento se lançou com toda fúria contra o carvalho. Praguejava contra ele dizendo: "Cresceste muito, te destacaste demais, atraíste muita atenção para ti, por isso eu te destruirei".

Todos os dias, e a cada dia por mais tempo, o Sopro Destruidor investia contra o carvalho. Os galhos se dobravam tanto a ponto de alguns alcançarem o chão. Arrancava-lhe inúmeras folhas, tentando forçá-lo a ceder e a reconhecer uma culpa que não possuía (a culpa de ser tão majestoso!).

Mas o carvalho, enraizado na terra fértil da verdade, da paciência e da persistência, apesar de tudo resistia soberano. Vergava, mas não quebrava. Perdia folhas, mas mantinha sua essência.

Os bichos da floresta no começo se afastaram com medo de ser atingidos pelo Sopro Destruidor, mas logo perceberam que aquele que pregava a justiça não a praticava, enquanto em silencio, o carvalho sustentava a vida e a dignidade.

Depois de vários dias, Sopro Destruidor começou a perder força, e a se sentir mais e mais enfraquecido. Perdeu sua valentia, sua arrogância arrefeceu, seus rugidos desapareceram e sua presença deixou de ser notada. Percebeu que perdera o espaço que tentou tomar para torná-lo seu, e decidiu partir silenciosamente para outras paragens.

Assim, a tempestade cessou e o velho carvalho continuava lá, um pouco arranhado sim, com menos folhas, mas imponente, vitorioso.

Moral da estória: Quem está amparado pela verdade e pela retidão, pode até ser assolado pelos ventos da injustiça, mas não será derrubado.

 


Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.



quinta-feira, 17 de julho de 2025

Não se preocupe

Aprendamos com a lição que o sol nos oferece todos os dias: 

Não se preocupe se as pessoas deixam de mencionar quando que  você faz o bem. 

O sol nasce lindo e majestoso todas as manhãs e a maioria das pessoas sequer o percebem.

terça-feira, 15 de julho de 2025

O pequeno grão de trigo (fábula)

Era uma vez um pequeno grão de trigo misturado a milhares de outros grãos estocados em uma fazenda muito distante. Ele não se sentia confortável vivendo naquela mesmice, onde nada de novo acontecia. Almejava seguir seu próprio caminho, ser diferente e ser reconhecido pela própria ousadia e trabalho.

Certo dia, um vento forte soprou naquela fazenda e arrebatou o pequeno grão do depósito lançando-o para longe. Os outros grãos viram tudo acontecer com seu colega e cochicharam: “Coitado, nunca mais dará frutos...”

Foi empurrado impiedosamente pelo vento até cair em um solo distante e desconhecido, seco e pedregoso. Ele tentava fincar raízes, mas a cada dia a luta se intensificava. As chuvas eram muito raras e o sol castigava sem piedade. Mas, o pequeno grão se recusava a desistir.

Passadas algumas semanas o grão começou a germinar. Com suas raízes firmes e sua vontade inabalável, enfrentou tempestades e o sol escaldante. E cresceu mais forte do que qualquer outro pé de trigo do campo de origem. Produziu um grande e dourado cacho recheado de novos grãos. Pássaros vinham comer suas sementes e levavam as sobras para outras terras, gerando novas plantações.

Um dia, um vento familiar voltou a soprar sobre o seu antigo campo. Observou que os outros grãos, que nunca tinham saído de lá, continuavam os mesmos. Olhando para o céu, esses velhos grãos puderam ver os pássaros carregando as sementes do grão vitorioso para espalhar sua força e resiliência pelo mundo afora.

Moral da estória: Para crescer e alcançar grandes triunfos é necessário sair da zona de conforto e ir à luta.

 

Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

sábado, 5 de julho de 2025

O sabiá e o papagaio (fábula)

Há muitos anos, numa floresta vibrante e cheia de vida, habitava um belo sabiá. Ele costumava acordar ainda de madrugada para começar a cantar. Ele queria, com o seu canto, semear alegria e bem-estar. 

Ao ouvirem o gorjeio apaixonado do sabiá, os outros animais e as aves sabiam que era hora de acordar para recomeçar o dia. Despertar todas as manhãs com uma música tão linda era muito gratificante. Por isso todos o admiravam e o amavam.

Em uma dessas manhãs surgiu um papagaio muito tagarela, habituado a imitar os outros. Acomodado sobre um galho de árvore bem em frente à plateia, ele se encheu de autoconfiança, pois se julgava superior a todos, estufou o peito e começou a implicar com o sabiá. Falava em voz alta para todos ouvirem que o sabiá era um fraco, um incompetente, que não sabia se adaptar a mudanças exigidas pela modernidade e que lhe faltava coragem para ser ousado.

"Você precisa cantar como eu", falava o papagaio, enquanto repetia o que ouvia de outros animais.

O sabiá, tranquila e sabiamente, retrucou:

"Mas eu canto melodias que eu mesmo componho, pertencem ao meu repertório pessoal. E minha música traz paz e bem-estar para a floresta".

Os animais presentes estavam divididos. Alguns preferiam o canto melodioso do sabiá, outros preferiam as imitações malucas do papagaio. Então, a discórdia tomou conta da floresta e a harmonia que havia começou a se desintegrar.

Certa noite, já um pouco tarde, surgiu no horizonte uma nuvem pesada, indício da chegada de uma tremenda tempestade, ameaçando os habitantes da floresta. 

Os animais ficaram muito apreensivos e começaram a se reunir ao redor de uma grande árvore para se proteger. 

O sabiá, percebeu a preocupação e o pavor dos animais e, sempre generoso e proativo, começou a cantar uma melodia suave para acalmar a todos. O papagaio entendeu a gravidade do momento, e viu que era hora de colaborar. 

Ele se aproximou do sabiá e os dois começaram a cantar juntos. Com essa atitude mantiveram os animais reunidos sob a grande árvore, esquecendo-se do medo da tempestade. Quando a tempestade passou todos perceberam que a diversidade de vozes é a chave para a união e para o sucesso.


Moral da estória: Em tempos de discórdia, a verdadeira força está na capacidade de unir diferentes opiniões e perspectivas para se chegar a melhor solução. 

quarta-feira, 25 de junho de 2025

O Leão e a sombra da vingança

Era uma vez, uma vasta savana. Nela vivia um leão enorme chamado Gluto. Um dia ele se tornou rei. Ele usou de muitas artimanhas para ser o escolhido: prometeu que lutaria por justiça, pela liberdade de todos, pela prosperidade do seu povo e pela paz duradoura em seu reino. Como ele era persuasivo e convincente em suas palavras e afirmações, todos acreditaram em suas promessas. Após eleito, porém, não demorou muito para revelar quem ele realmente era. Esqueceu-se de suas promessas e priorizou alimentar a sua vaidade e se vingar daqueles que ousaram contrariá-lo um dia.

Gluto criava decretos e impunha leis para beneficiar os seus amigos, desviava sutilmente parte da colheita dos campos, retinha parcelas dos recursos destinados às pessoas menos favorecidas, cobrava dos animais tributos cada vez mais elevados, enquanto ele descansava à sombra de baobás, coberto de ouro, e se deleitava com fartos banquetes.

Um porco-espinho chamado Secuide, que um dia concorreu com Gluto pelo trono, precisou se esconder por longo tempo em outra floresta, porque o leão estava determinado a destruir a sua toca, a da sua família e as dos seus amigos. Houve outros moradores desse reino, como a coruja Atenta e o javali Virgílio, que viram suas vidas desmoronarem, não porque tenham cometido erros, mas porque ousaram discordar do rei.

Mas, sem que percebesse, Gluto estava se tornando refém de sua própria sede de vingança. Enquanto ficava planejando novos castigo aos seus desafetos, ele se esquecia de atividades essenciais, como proteger os animais dos inimigos, armazenar água para os períodos de estiagem, melhorar os acessos às trilhas das migrações sazonais, dentre muitas outras. Um dia, uma seca terrível atingiu a savana. Os animais estavam cansados e famintos. Então, foram até o rei Gluto para pedir ajuda. Mas o rei leão além de não atendê-los ordenou que se retirassem de imediato se não quisessem ser presos.

Então, numa certa manhã bem cedinho, antes do nascer do sol e em total silêncio, os animais partiram sem deixar qualquer dica ou vestígio de seu próximo destino. Um a um, abandonaram o reino de Gluto, deixando a savana vazia para ele.

Gluto percebeu que estava só, sem ninguém para perseguir ou para explorar. Cego de raiva, começou a vagar pela savana seca e vazia, uivando com todas suas forças tentando vingar-se de tudo e de todos, mas já não tinha nenhum alvo para atingir.


Moral da estória: Quem governa com rancor e vingança cava sua própria derrota e solidão.

ºººººººººººººººººººººººººººººººººººººººººººº]

Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.

terça-feira, 17 de junho de 2025

A raposa e o falcão (fábula)

Em uma vasta e distante floresta, havia uma raposa muito astuta que vivia enganando os animais para conseguir o que ela queria: roubava a comida deles, mentia e fazia promessas que nunca cumpria.

Certo dia, essa raposa observou um falcão que caçava bem acima das copas das arvores. Viu nele uma possível oportunidade de se dar bem, e gritou:

- Olá, amigão, você que consegue enxergar bem longe, que acha de fazer uma parceria comigo, que sou a melhor caçadora: você descobre as presas e eu as capturo, e dividimos tudo. Que acha?

O falcão, que de bobo não tinha nada, e conhecia as artimanhas dela, respondeu:

- Não, raposa, eu não confio em quem usa a astúcia para prejudicar os outros.

A raposa se sentiu humilhada, mas disfarçou com uma risadinha amarela, e continuou a enganar os outros sempre que podia.

Numa manhã de sol muito brilhante, a raposa viu um cabritinho dormindo tranquilo bem numa sombra perto de um penhasco. Não deu outra: ela decidiu atacá-lo e devorá-lo. Saltou com toda velocidade em direção ao cabritinho, mas viu que a terra ao redor era muito fofa e escorregadia. Suas patas deslizaram na terra fofa e ela desabou com tudo penhasco abaixo, se esfacelando sobre as pedras. Do alto de uma árvore próxima, uma sábia coruja viu tudo e deu o seu recado:

- Os maus podem até se dar bem por algum tempo, mas cedo ou tarde serão aprisionados em sua própria arapuca.


Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.


terça-feira, 10 de junho de 2025

A raposa e a lança (fábula)

Em uma antiga floresta muito distante vivia uma raposa astuta chamada Sabidu. Ela era conhecida não só por sua esperteza, mas principalmente por sua crueldade. Sempre que desejasse alguma coisa, não hesitava em usar artimanhas para enganar os outros animais.

Certo dia, encontrou uma lança abandonada por caçadores, e teve uma ideia maldosa. “Com isso serei o bicho mais temido da floresta! Ninguém terá qualquer chance contra mim”, pensou. Assim, começou a usar a lança para ameaçar e ferir qualquer animal que cruzasse seu caminho, tomando-lhe a comida e o abrigo para si.

Isso começou a amedrontar os animais, que decidiram pedir ajuda e conselhos a um velho corvo, que além de muito sábio conhecia bem as leis da floresta. O corvo apenas disse:

- Aquele que com ferro fere, com ferro será ferido.

Sabidu zombou ao ouvir isso. “Quem poderia me ferir? Eu sou a mais forte!”

Mas o destino tem suas maneiras de ensinar lições. Certo dia, enquanto perseguia um coelho, ela tropeçou em uma raiz e caiu sobre a lança, ferindo gravemente uma das patas, o que a impediu de correr, além de ficar vulnerável. Os mesmos animais que antes eram perseguidos e maltratados por ela, agora a observavam com cautela, sem oferecer ajuda.

Sabidu aprendeu da pior maneira que quem usa a maldade e a violência contra os outros um dia será vítima dele próprio. E a floresta voltou a viver em paz.

Moral da estória: O poder, quando usado para subjugar os outros, um dia se voltará com toda intensidade contra quem o detém.


Para seguir este blog: desça o cursor até o final do texto, clique em "Visualizar versão para web" e à direita clique em SEGUIR.