Muitas
vezes a gente chega ao final do dia e tem a sensação de não ter feito nada.
Sensação de ter perdido o dia. E o pior é que essa sensação, às vezes, pode
representar uma verdade. A impressão de que o dia não rendeu o que se esperava
é muito ruim, deixa-nos “prá baixo”, sem vontade de recomeçar. Sem reação.
Momentos
de baixa produtividade todos têm. É uma realidade na vida de todas as pessoas. Nem
sempre estamos em nossa melhor fase. Mas, o que não se pode é deixar que esses
momentos sejam muito constantes, frequentes demais. Repetidos. Se isso começar
a se vislumbrar, é preciso reagir de imediato. Voltar à realidade. Embarcar no
trem da realidade produtiva.
Perde-se
muito tempo, às vezes em elaborar projetos, estabelecer objetivos, sem marcar
um momento para começar a buscá-los, a produzi-los, trazê-los ao presente.
Sonhar é bom, mas não basta: precisa parar e transformar esses sonhos em
realidade. Quem se limita a sonhar é apenas um sonhador. Nunca será um
realizador. Nunca concretizará nada. Daí a sensação de incapacidade, de incompetência
e frustração, pois nada consegue concretizar daquilo que sonha.
Alguém
já falou que é preciso deixar para sonhar à noite, e reservar o dia para realizar.
Tem sentido, respeitadas as proporções. Significa que se deve intercalar os
momentos de sonhos com momentos de muito trabalho para colocar em prática esses
sonhos.
Por
outro lado, perder tempo lamentando-se do que não deu certo também é
prejudicial. Não agrega nada. Não soma. Não levanta ninguém. Todo o tempo
perdido é um tempo que não retorna nunca mais. E também não pode ser
recuperado, pois é passado, e no passado ninguém consegue atuar. E pior do que
isso é tentar correr atrás do tempo perdido. Se está perdido já passo e,
portanto, é inalcançável. Precisa aproveitar ao máximo o presente. É no
presente que se ganha tempo. Por isso, “melhor não perder tempo”.
(Publicado no JNB em fevereiro de 2015)