A vida vai e vem, vem e vai...
O homem esquece que é humano,
De carne, ossos, inteligência,
De sentimentos e de amor.
Máquina planejada com perfeição,
De repente apresenta desvios,
Desgastes, defeitos.
A causa? O tempo que passou e perdeu.
Sobrecarregado, bombardeado de materialidades,
Na busca de coisas vãs,
Não se preocupa com o que vale a pena,
Que agrega valor e o edifica.
O seu coração, regado e enriquecido
De boas intenções e de sonhos,
Esvaziou-se, deu lugar, pouco a
pouco,
A um amontoado de materialidades vãs.
Substituiu a educação singela do regaço materno,
A importância dos sentimentos, da amizade, da
solidariedade
E do amor puro, pela busca obstinada e doentia
De bens efêmeros e posições superficiais.
Anos depois, abastado de riquezas, de posses,
Mas de coração vazio: nota que andou em círculos.
Perseguiu sua própria sombra (ou o seu rabo?!).
Não se reconhece e descobre que não é feliz.
Consumiu tempo valiosíssimo
Na busca daquilo que não lhe fez
feliz.
Coisas que pareciam essenciais, mas
não eram.
Importantes, mas não imprescindíveis.
Nessa encruzilhada deve decidir:
correr sem rumo,
Ou parar, refletir, e retomar o
caminho.
O primeiro caminho, mesmo que deva
abandonar
Conceitos prioritários e buscados com
afã.
Buscar o que é singelo, vestir a simplicidade.
Resgatar o relacionamento fraternal
Com quem está ao seu lado,
E que já não enxergava.