terça-feira, 13 de agosto de 2019

Colaboração



Quando se fala em colaboração entende-se que exista mais de uma pessoa pretendendo desenvolver alguma coisa em benefício comum, independentemente dos pontos de vista ou interesses pessoais.

A colaboração tem a ver com a participação e é o caminho mais rápido para se atingir objetivos comuns. Mas, ela exige o empenho de todos: os envolvidos serão interpedendentes, inclusive se entre os membros participantes existirem potencialidades, capacidades ou inteligências diferenciadas.

As cabeças podem ser diferentes, mas o foco deve ser o mesmo. O objetivo é o mesmo, por isso, todos os olhos e as atenções devem estar voltados para ele. É “um por todos e todos por um”. É colocar o todo à frente da parte: o objetivo comum à frente do pessoal.

A cooperação prevê sempre o trabalho participativo, visando o mesmo objetivo previamente definido. Isso exige altruísmo por parte das pessoas, que deverão por de lado determinadas opiniões e assimilar outras, entendidas como mais adequadas para aquele momento ou para aquele fim.

A colaboração prevê total confiança entre todos os membros da equipe. Espera, ainda, que cada membro dessa equipe tenha capacidade e vontade de se integrar a ela.

A integração é necessária para manter a equipe unida e disposta a sobrepor os obstáculos que surgem durante a jornada. As diferenças pessoais não podem intervir negativamente no processo. Se existirem, devem somar, jamais subtrair forças.

Muito importante é a participação de todos: cada um deve dar o máximo de si, sem se acomodar, sem esperar que outros assumam as responsabilidades a ele delegadas, e sem medo de aprender com os outros, com os acertos, com os erros e com as circunstâncias.

Quando se trata de colaboração numa equipe bem formada e bem estruturada, os participantes sentem prazer em dar sua contribuição a qualquer momento.

Competitividade



Competitividade pode ter vários sentidos, como disputa, concorrencia, luta, combate, contenda, rivalidade, etc.

No mundo animal ela tem o sentido de competição, de domínio. Buscar a qualquer custo a dominância através da imposição da vontade. Assumir o papel de macho alfa, ou de fêmea alfa. Isso pode significar tanto uma imposição simples com base no tamanho ou na coragem que o animal possui, quanto lutas ferozes e intermináveis que podem culminar com a morte do vencido.

Entre as pessoas, o correto é que essa competitividade se estabeleça no campo das ideias e da capacidade do indivíduo. Assim, no reino dos humanos, a competitividade pode ser vista sob duas óticas completamente diferentes:

a. Competitividade doentia, onde cada indivíduo compete para dominar, para mandar, para subjugar. Serve-se de qualquer expediente, como a força, a mentira, a coação, a falsidade, a ausência de ética e de caráter, dentre outras, sem se preocupar com as consequências de suas atitudes.

b. Competitividade saudável, onde cada um dá o melhor de si, busca crescer, se destacar com base na ética, no profissionalismo. Busca o crescimento e os próprios objetivos jogando limpo, sem necessidade de se sobrepor à força, de subjugar pessoas para demonstrar sua competência e sua capacidade. Ética e caráter são uma constante.

Quem compete com base nesse segundo aspecto utiliza a sua própria competência, envolvendo seus conhecimentos, suas habilidades e suas atitudes. Respeitando a todos, coloca em prática aquilo que possui, o seu trabalho, o seu esforço, a sua vontade de crescer, seu espírito empreendedor. Não utiliza subterfúgios, não se esconde, atua com transparência.

A própria evolução



Todo ser humano nasce incompleto, inacabado.

A afirmação pode parecer uma mentira, ou até uma ofensa contra a humanidade. Mas é a pura verdade.

Quando a pessoa nasce não anda, não fala, não consegue buscar seu alimento, não sabe se vestir e tampouco fazer suas necessidades fisiológicas nos locais adequados. Para tudo depende dos outros. Sem outras pessoas sequer sobreviveria.

Este ser humanos somos nós. Todos nós. Tudo o que sabemos e conseguimos fazer aprendemos de outros ou na convivência dos outros, desde o berço até dias atuais. Isso é evolução humana. Primeiro evolui-se no aspecto físico: aprende-se a ouvir, a distinguir as pessoas, a andar, a comunicar-se com mimicas, depois através da fala. Em seguida vem a escola, desde os primeiros níveis até os mais elevados.

Aprende-se a pensar, a distinguir o importante do medíocre, a ouvir opiniões e a criar suas próprias opiniões. Aprende-se a aprender. Nessa evolução constante aprende-se a diminuir gradativamente o incompleto, o inacabado, tornando-se mais completos e mais acabados a cada dia.

O tamanho dessa evolução depende de cada um. Pode-se evoluir rapidamente ou pode-se manter próximo aos níveis mais baixos. A evolução depende de vários fatores, sendo os principais a inserção da pessoa na sociedade e a sua busca constante de aprender e de transformar-se a cada dia. Não se pode abdicar do direito e do dever de ser o artífice da própria evolução.

As pessoas nunca estarão completas. Nunca atingirão o seu ápice. Sempre haverá espaço para a sua evolução, para o seu crescimento, para ser cada vez mais completas. Por isso, não pode esperar que os outros tomem as iniciativas em seu lugar e ditem a receita da sua própria evolução. Deve conhecer o caminho dos outros, mas também buscar o seu próprio caminho. O caminho percorrido pelos outros é importante como parâmetro para construir e aperfeiçoar o próprio caminho.

Aprende-se com o que já existe somado ao que se descobre por si. Evolui-se através do relacionamento interpessoal com as pessoas que nos cercam e da busca própria do melhor para si e para os outros.