terça-feira, 13 de agosto de 2019

A própria evolução



Todo ser humano nasce incompleto, inacabado.

A afirmação pode parecer uma mentira, ou até uma ofensa contra a humanidade. Mas é a pura verdade.

Quando a pessoa nasce não anda, não fala, não consegue buscar seu alimento, não sabe se vestir e tampouco fazer suas necessidades fisiológicas nos locais adequados. Para tudo depende dos outros. Sem outras pessoas sequer sobreviveria.

Este ser humanos somos nós. Todos nós. Tudo o que sabemos e conseguimos fazer aprendemos de outros ou na convivência dos outros, desde o berço até dias atuais. Isso é evolução humana. Primeiro evolui-se no aspecto físico: aprende-se a ouvir, a distinguir as pessoas, a andar, a comunicar-se com mimicas, depois através da fala. Em seguida vem a escola, desde os primeiros níveis até os mais elevados.

Aprende-se a pensar, a distinguir o importante do medíocre, a ouvir opiniões e a criar suas próprias opiniões. Aprende-se a aprender. Nessa evolução constante aprende-se a diminuir gradativamente o incompleto, o inacabado, tornando-se mais completos e mais acabados a cada dia.

O tamanho dessa evolução depende de cada um. Pode-se evoluir rapidamente ou pode-se manter próximo aos níveis mais baixos. A evolução depende de vários fatores, sendo os principais a inserção da pessoa na sociedade e a sua busca constante de aprender e de transformar-se a cada dia. Não se pode abdicar do direito e do dever de ser o artífice da própria evolução.

As pessoas nunca estarão completas. Nunca atingirão o seu ápice. Sempre haverá espaço para a sua evolução, para o seu crescimento, para ser cada vez mais completas. Por isso, não pode esperar que os outros tomem as iniciativas em seu lugar e ditem a receita da sua própria evolução. Deve conhecer o caminho dos outros, mas também buscar o seu próprio caminho. O caminho percorrido pelos outros é importante como parâmetro para construir e aperfeiçoar o próprio caminho.

Aprende-se com o que já existe somado ao que se descobre por si. Evolui-se através do relacionamento interpessoal com as pessoas que nos cercam e da busca própria do melhor para si e para os outros.

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