A Coruja e a águia, cansadas de brigarem, um dia resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra, disse a coruja. O
mundo é tão grande, e devorar os filhotes uma da outra é a maior tolice.
- Perfeitamente, respondeu a águia. Também
eu não quero outra coisa.
- Vamos combinar o seguinte: de agora
em diante não comerás nunca os meus filhotes, falou a coruja.
- Muito bem, disse a águia. Mas como
posso distinguir os teus filhotes?
- É muito fácil. Sempre que
encontrarem uns filhotinhos lindos, bem-feitinhos, alegres, com uma graça
especial que não existe em filhotes de qualquer outra ave, podes crer, são os
meus.
- Acordo fechado, concluiu a águia.
Dias depois, enquanto caçava, a águia
encontrou um ninho abrigando três monstrinhos famintos que piavam de bico muito
aberto.
- Que bichinhos horríveis, pensou
ela. Não devem ser os filhos da coruja. E comeu os três.
Mas eram os filhos da coruja. Ao voltar
à toca, a triste mãe chorou desesperadamente a perda dos filhotes e foi tirar
satisfação com a rainha das aves.
- O quê? Disse a águia admirada. Eram
teus aqueles monstrinhos? Eles não se pareciam em nada com o que tu me havias
descrito.
Moral da estória: Não acredite em pai pintor, para retrato de filho, pois reza o ditado: quem ama o feio, bonito lhe parece.
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