quarta-feira, 24 de março de 2021

Ódio

Será o ódio a antítese do amor? Existem inúmeros sinônimos da palavra ódio, como raiva, rancor, repugnância, ira, cólera, repulsa, etc.

Todos esses sinônimos são termos que reportam a situações negativas, relacionadas a pessoas, a acontecimentos ou coisas. O mais frequente é que o ódio seja dirigido a outra pessoa. Percebe-se que esses termos canalizam para o mal, desejam o mal, querem o mal de alguém. Pode-se dizer que odiar é desejar que o mal se abata sobre alguém.

Muitas são as circunstâncias que podem levar alguém a odiar uma pessoa. Podem ser motivos aparentemente fortes, ou pequenas desavenças, pretextos preconceitos. Mas, será que existem realmente motivos que justifiquem a geração do ódio? Não será o ódio apenas um pretexto para justificar nossas atitudes negativas em relação a outras pessoas?

Não raro, o ódio pode gerar ações imprevistas e graves, podendo se transformar em crimes. E como justificar tais consequências? Não existem outros caminhos ou apenas não se quer encontrá-los? Há quem diga que o limite entre o amor e ódio é tão tênue que pode ser destruído a qualquer momento e em qualquer circunstância, sob qualquer pretexto.

Independentemente do motivo que leva alguém a odiar determinada pessoa, ou determinado grupo, o ódio torna quem odeia preso à pessoa odiada. Diuturnamente se lembra dela. A todo momento surgem pensamentos referentes ao fato. É como se a pessoa que odeia se torna refém da pessoa odiada. Tal é a força nefasta do ódio. E, de um modo geral, é quem odeia que sofre as consequências de odiar.

A pessoa odiada pode nem saber que está sendo objeto de ódio. Assim, ela sequer é atingida pelo ódio que lhe é dirigido. Já quem odeia continua a destilar o seu ódio, envenenando-se a si próprio cada vez mais. Quanto mais ódio, maior a quantidade desse veneno ocupando o coração de quem odeia, até ser perdidamente impregnada por ele. O maior perdedor é sempre quem odeia. É comum a pessoa odiada não se preocupar com o ódio que lhe é dirigido.

O ódio pode ser comparado a um vírus criado por nós e que se instala dentro de nós e que, apesar dos para direcioná-lo à outra pessoa, ele cria profundas raízes dentro da pessoa que odeia, atingindo os recantos mais recônditos do seu ser. E como se disse nos parágrafos precedentes, os malefícios permanecem com quem o criou.

É importante que se mantenha a calma em qualquer situação, inclusive quando tudo parece conspirar contra nós. Parar, respirar fundo, considerar os fatos com serenidade é a maneira mais adequada para se buscar soluções através do diálogo.

E se o ódio já foi criado, existem outras alternativas além de alimentá-lo e torna-lo capaz de originar consequências nefastas? Tudo pode ser consertado, inclusive o mal feito. Nada do que se cria é definitivo: pode ser revisto, corrigido, recriado, substituído, transformado. Sempre  alternativas positivas para reverter a situação. O maior antídoto, para eliminar o ódio se chama perdão. Perdoar é o jeito divino de se livrar do veneno injetado em nosso ser, para ter uma vida muito mais feliz.


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