terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ainda há tempo

A vida vai e vem, vem e vai...

O homem esquece que é humano,

De carne, ossos, inteligência,

De sentimentos e de amor.

 

Máquina planejada com perfeição,

De repente apresenta desvios,

Desgastes, defeitos.

A causa? O tempo que perdeu.

Sobrecarregado, bombardeado de materialidades,

Na busca de coisas vãs,

Não se preocupa com o que vale a pena,

Que agrega valor e o edifica.

 

O seu coração, regado e enriquecido

De boas intenções e de sonhos,

Esvaziou-se, deu lugar, pouco a pouco,

A um amontoado de materialidades vãs.

 

Substituiu a educação singela do regaço materno,

A importância dos sentimentos, da amizade, da solidariedade

E do amor puro, pela busca obstinada e doentia

De bens efêmeros e posições superficiais.

Anos depois, abastado de riquezas, de posses,

Mas de coração vazio: nota que andou em círculos.

Perseguiu sua própria sombra (ou o seu rabo?!).

Não se reconhece e descobre que não é feliz.

 

Consumiu tempo valiosíssimo

Na busca daquilo que não lhe fez feliz.

Coisas que pareciam essenciais, mas não eram.

Importantes, mas não imprescindíveis.

 

Nessa encruzilhada deve decidir: correr sem rumo,

Ou parar, refletir, e retomar o caminho.

O primeiro caminho, mesmo que deva abandonar

Conceitos prioritários e buscados com afã.

Buscar o que é singelo, vestir a simplicidade.


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