terça-feira, 10 de maio de 2022

Gestão do tempo

O que é o tempo?

Quem sou eu no tempo?

O que o tempo representa para mim?

Qual a interferência do tempo em mim e em minha vida?

A palavra tempo possui muitos significados, mas, neste caso será focado apenas o sentido original da palavra, ou seja, referente à duração dos fatos: os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos...

Grande parte das pessoas, nos dias atuais, possuem uma vida muito agitada, marcada pela necessidade de realizar um turbilhão de ações simultâneas e apressadas, mas tão apressadas que, muitas vezes, fica impossível perceber o intervalo entre o término de uma e o começo de outra. E, não raro, acaba-se achando que isso é normal, tornando-se hábito.

A expectativa dessa pressa toda é atingir o máximo de realizações em tempo recorde sem se perceber, porém, os malefícios que essas atitudes proporcionarão. Nem precisa falar que mais cedo ou mais tarde isso produzirá consequências negativas.

É comum ouvir de pessoas que se enquadram nesse rol lamentarem-se que não têm tempo para nada, que o tempo é curto, que é insuficiente para a realização das atividades a que se propõem. O tempo, para elas, se torna algo que deveria ser produzido e reproduzido a todo momento e na quantidade imaginada.

Mas como isso não é possível, iludem-se tentando otimizá-lo além do extremo, abraçando mais e mais atividades. Os dias já possuem seu tempo determinado, definido, sendo impossível aumentá-lo criando novos tempos durante o mesmo período.

Por um certo tempo pode parecer que tudo anda bem, que o progresso é evidente, que o sucesso já se vislumbra. Sabemos, porém, que a natureza é pródiga e costuma nos brindar com todas as suas benesses, mas não podemos esquecer que ela nos cobra o devido retorno.

Por ser matéria, a nossa natureza possui limites. Pertencemos à natureza: dela viemos, dela e nela vivemos e a ela retornaremos. Por isso ela nos impõe limites e eles devem ser entendidos e respeitados.

Ultrapassar esses limites não é uma atitude inteligente e tampouco recomendável, não é uma boa resposta à nossa natureza. Forçar a todo custo nossos limites é uma péssima resposta e poderá ser um prenúncio de consequências ruins. O acúmulo exagerado de atividades leva as pessoas a reduzirem o tempo dedicado para si mesmas.

Todo exagero é nocivo. É importante que as pessoas se conscientizem desde cedo da necessidade de manter-se saudáveis. Manter a vida equilibrada entre ações e descanso. O tempo é único. Temos somente um tempo, formado por momentos. Nenhum desses momentos vividos retornará. É importante celebrar a vida vivendo cada um desses momentos em equilíbrio entre atividades, descanso, lazer, alimentação...

É fácil buscar culpados externos, como o chefe, a correria, as responsabilidades, o acúmulo de problemas, as deficiências do transporte coletivo, o trânsito, as condições sociais... O certo é que sempre se encontra pelo menos uma culpa nascida fora da própria pessoa. Pelo menos é o que se fala. Muitos são mestres em identificar culpados para os próprios problemas. Culpados extremos, é claro.

Essa correria, além de trazer consequências ruins no médio e no longo prazos, manifesta-se também no dia a dia, através do cansaço, do stress, da ansiedade, dos medos de não cumprir o acordado, dentre outras.

E isso, claro, começa a afetar a saúde que, pouco a pouco, se torna mais frágil até tornar-se tênue demais. Por mais saudável que alguém possa ser, sua saúde será minada gradativamente se não lhe for dada a atenção devida e dispensados os cuidados necessários.

Todos sabem que o stress prejudica o dia da pessoa, contamina a saúde, envenena a vida podendo reduzi-la significativamente, além de sacrificar a sua qualidade.

O stress pode ser provocado por causas externas, mas a origem interna é mais presente. A presença constante do stress muitas vezes tem origem interna. Nasce da incapacidade de administrar o próprio dia. Basta analisar brevemente a maneira como se conduz o dia a dia para se chegar a essa conclusão.

Todos realizam diversas atividades durante o dia. Alguns estão soberbamente carregados. Outros as têm em menor quantidade. Essas atividades possuem graus diferentes de complexidade, e algumas demandam de um tempo ínfimo para serem realizadas.

E isso pode levar as pessoas a se preocuparem acima do necessário, a ponto de, às vezes, levá-las a pensar que devem realizar muitas coisas, senão todas, ao mesmo tempo. Daí ocorrem os atropelos: querer fazer tudo ao mesmo tempo, mesmo sabendo-se que não é possível.

Então surgem as preocupações e o stress. As preocupações somadas ao stress interferem negativamente na visão do todo e limitam a capacidade de interagir de forma eficaz com as situações e de administrar as circunstancias adversas. Às vezes as pessoas perdem muito tempo preocupando-se em demasia com o passado e com o futuro e se esquecem da importância do presente.

Não se pode mudar o fluxo dos momentos da vida, mas através da atitude positiva e construtiva é possível alterar o seu funcionamento e o seu desfecho.

Então, o que fazer? Só existe uma resposta exata: gerir o próprio tempo. É imperativo que aprendamos a gerir o nosso dia, estabelecendo prioridades, definindo prazos para cada atividade, considerando também o tempo que cada um precisa para si próprio, para a sua vida pessoal. Definir para cada atividade do dia o seu tempo necessário, partindo das mais prioritárias às menos, das mais importantes às de menor importância.

A partir daí, atuar de forma inteligente, executando apenas uma atividade por vez. Será muito mais fácil para se manter o foco e serão reduzidas as possibilidades de erro. A maneira correta para se realizar as atividades num padrão de qualidade desejável é quantificá-las, entender a sua complexidade e realizar uma de cada vez.

A cada ação em andamento, deve-se dedicar o tempo e a atenção necessários, sem se preocupar com a atividade seguinte.

Administrar o próprio tempo é uma forma de atenuar o stress, e obter o equilíbrio. No estágio da vida em que se obtém esse equilíbrio, o nível de stress diminui consideravelmente, podendo até desaparecer.

É imperativo viver um momento de cada vez. Administrar as atividades, os problemas, o tempo, a vida. Uma vida conduzida nesse equilíbrio corre menos risco de stress. As suas preocupações se resumem ao momento da realização daquela determinada tarefa, na solução daquele problema. Preocupações e problemas devem ser confinados aos seus respectivos lugares e momentos.

Não se pode assimilar problemas que não nos cabe resolver, cuja solução está fora de nossa alçada ou de nosso alcance. Os problemas externos devem permanecer fora de nós, bem à nossa frente, mas fora de nós. Não devem ser trazidos para dentro de nós, devem ser apenas administrados e solucionados, mas sem fazer efetivamente parte de nossa vida.

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