domingo, 31 de janeiro de 2021

A borboleta e a chama (L. da Vinci)

Uma borboleta muito colorida voava pela escuridão da noite. De repente, ao longe avistou uma luz. Curiosa, voou naquela direção e ao se aproximar da chama começou a sobrevoar ao seu redor, observando-a maravilhada. Como era bonita!

Não satisfeita em admirá-la, a borboleta decidiu aproximar-se mais da chama. Afastou-se e, em seguida, voou em direção à chama passando rente a ela. De repente, porém, surpreendeu-se por que, além de estar estonteada pela luz, as pontas de suas asas ficaram chamuscadas.

- Que aconteceu comigo? pensou ela.

Mas não conseguiu entender. Era impossível entender como uma coisa tão bonita quanto aquela chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente. Rodou em círculo e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre ela. E imediatamente caiu queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama.

- Maldita luz, murmurou a borboleta agonizante. Pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais, para minha infelicidade, o quanto você é perigosa.

- Pobre borboleta, respondeu a chama, eu não sou o sol, como você pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados.

 

Moral da história: Esta fábula é dedicada àqueles que, como a borboleta, são atraídos pelos prazeres mundanos, ignorando a verdade. Então, quando percebem o que perderam, já é tarde demais.

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