quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

As cortinas se fecham

Mais uma vez estamos na reta final de um ano que termina. Mais uma etapa da nossa vida se conclui. Mais uma vez temos a satisfação de ter vivido outro ano. E vivemos.

Fim de ano. As cortinas do palco da vida se fecham outra vez. De um lado da cortina, nós (protegidos, ocultos por ela), do outro, a plateia que nos assistiu, que nos julgou e se manifesta através de aplausos, ou vaias. Ou (quem sabe...) o silêncio (este é pior que as vaias, pois significa que passamos sem ser percebidos!).

Ou será que estivemos o tempo todo do outro lado, na plateia? Talvez durante o ano nunca fomos atores, nos contentamos em ser apenas mais um na plateia. Ser sempre só plateia é estar acomodado, com falta de vontade, de criatividade, sem objetivos.

Pode ser que nunca estivemos na plateia. E além de ter sido sempre atores, fomos os artífices do espetáculo que apresentamos. Neste caso a satisfação é imensamente maior.

O mais importante não é a reação da plateia (aplausos ou vaias, ou o silêncio). O que vale é a sensação do dever cumprido e a disposição de prosseguir.

O fim de um ato não é o fim da peça. O fim da peça não é o fim da carreira. Quando se alcança uma meta não significa que já se atingiu tudo o que se queria. É apenas uma meta alcançada. De imediato se deve traçar novas metas. E começar incontinenti a buscá-las. Não existem férias para alcançar as metas. Além do horizonte que a nossa vista alcança existe outro horizonte. Depois dele, outro, e outro, e muitos outros...

Assim é o final de um ano: ele termina para ceder seu lugar a outro, novo, cheio de esperanças. Não importa como foi o ano que terminou: importa o jeito como o vivemos e a forma como pretendemos viver o próximo. A esperança nunca deve esmorecer. A vontade de vencer, a perseverança, a coragem e a certeza de vencer também não (texto extraído do livro Reflexões Pontuais).

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