domingo, 5 de agosto de 2012

MANOS, SAUDADES

MANA, SAUDADES


Mulher extrovertida,
Espontânea,
Sorridente, festeira.
Amável.

Um grande sorriso,
Aberto, abundante,
Muita esperança...
Agora... o silêncio eterno.

Tão de repente,
Sem se despedir
Você resolveu partir
Para a outra vida.

Maninha,
A sua falta é sentida, é percebida
Por todos aqueles
Que a conheceram, que a amaram.

O sorriso franco,
O olhar cativante,
Os braços acolhedores,
O coração aconchegante.

Palavras doces,
Ouvidos atentos,
Sempre atenciosa, casa cheia
Para acolher os amigos.

Onde estão esses atributos?
Levados com você.
Mas suas lembranças, seus efeitos
Permanecem em nossa vida.

Você saiu da nossa presença,
Mas não de nossa vida.
Anda por um caminho paralelo
Do outro lado da rua.

Você não fugiu de nós,
Anda do outro da cortina,
Em caminho diferente,
Em outro horizonte, além do nosso.

Continua a nos ver,
A nos sentir,
A nos querer,
A nos amar.

Você está sempre entre nós,
Em nossas vidas,
Em nosso dia a dia,
Porque você mora no nosso coração.

Mantenha seu sorriso franco,
Sua alegria sincera,
Sua companhia incomparável,
Suas palavras de conforto.

Seja muito feliz – um ser de luz
Ao lado do Criador.
Aqui a vida continua...
Aí na eternidade, também.

(Homenagem à minha irmã Josefina, falecida em 16/08/2011)

ADEUS, MANO

Você se foi sem se despedir de mim.
Você quis assim,
Não sei por quê.
Mas você sabe. É um segredo seu.

Foi de repente. Cedo demais.
Por que tanta pressa?
Saiu de mansinho, de fininho,
Sem dizer adeus!

Lembro do seu sorriso,
Dos seus “causos”,
Às vezes duvidosos, ou jocosos,
Reais também.

Lembro dos nossos “papos”,
Longos “papos”,
Tardes inteiras, sem pressa,
Até chegar o anoitecer...

Compartilhando experiências,
Externando dúvidas,
Contando estórias antigas,
Recentes, atuais...

Falando da vida,
Do trabalho,
Do descanso,
Do tudo, do nada.

Falando da gente,
Dos outros, das coisas,
Do que se gostava,
Do que não se gostava.

Você foi embora
Para sempre.
Foi cedo demais,
Sem dizer adeus.

Entendo, é seu jeito,
Sempre foi assim,
Você sempre surpreendeu,
Em tudo, sempre...

Se você quis assim,
Foi melhor para você,
Para todos, também para mim,
Com certeza.

Deixou saudades.
Muitas saudades.
Em todos.
Em mim também.

Mano velho, querido,
Seja feliz aí no andar de cima.
Viva a felicidade plena.
Você mereceu... eu sei...

(Homenagem ao meu irmão Ivani, falecido em 20/08/2010)

3 comentários:

  1. "Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela."
    Carlos Drummond de Andrade
    Linda homenagem!!!
    Um grande agraço!
    Crepaldi.

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  2. Tio! Que emoção senti agora! Esses dias são tristes né, somente lembranças... Ontem aniversário da nona, quinta aniversário de morte da tia, depois aniversário de morte do tio. Quanta coisa acontecendo de uma só vez. Que saudade que eu sinto. Saudade de comer o bolo de aniversário com a nona, de conversar com a tia Jose... do tio vindo na loja conversar com a mãe. Meu Deus, saudade sempre! Muito linda sua homenagem!

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  3. Pois é, Sheila, as pessoas que deixam saudades quando se vão são smepre muito queridas. É por isso que deixam saudades. Do contrário, passaria desapercebido.

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