segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

O arco-íris e a tempestade (fábula)

Em outros tempos...

Era um local muito bonito, onde as pessoas viviam tranquilas e felizes. Como em todo lugar havia dias de sol radiante e outros em que as tempestades muito fortes apareciam como que para amedrontar a todos.

Numa dessas tardes de sol escaldante iguais a tantas outras, as nuvens lentamente começaram a encobrir o céu. Mais e mais nuvens se acumulavam. Um vento, antes tímido, mas depois enfurecido, trouxe outras nuvens pesadas, escuras, ameaçadoras. De repente elas começaram despejar água em tal abundância que tosos os recantos começaram a ser invadidos por ela. Relâmpagos riscavam o céu iluminando as montanhas e os fortes trovões faziam a terra estremecer assustada.

As árvores, pegas de surpresa, ora se encolhiam, ora se dobravam até o chão para resistir à fúria dos ventos. Os passarinhos, desesperados, voavam rápido para encontrar abrigo seguro. O rio, geralmente calmo e silencioso, via suas águas sendo empurradas de um lado para outro como simples joguetes, tamanha era a fúria da tempestade.

O vento, talvez cansado de tanto assoprar, aos poucos foi enfraquecendo até parar por completo. A chuva, de torrencial e ameaçadora, se transformou em pequenos pingos, até cessar. Na sequência o sol começou a espiar entre as nuvens, como que para criar coragem e ressurgir na sua plenitude.

Antes do sol se animar a aparecer, porém, um fenômeno feliz apareceu no céu: as cores da natureza, que estavam escondidas para se proteger da tempestade, decidiram se manifestar para alegrar o ambiente. Foi assim que as cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, saíram da morada da luz, deram as mãos e, juntas e sorridentes, formaram um lindo arco-íris ligando os dois polos do firmamento.

A sua beleza não passou despercebida por ninguém, nem mesmo pela tempestade, que já havia se acalmado, e que indagou:

- Senhoras cores, como vocês conseguem sorrir e permanecer tão lindas logo após sobreviverem à minha fúria:

As cores, em uníssono, responderam:

- A nossa grandeza e a nossa beleza não se apequenam diante de forças ameaçadoras. As chuvas, além de não nos assustar, nos dão força para nos organizar e aproveitar o ar limpo, e mostrar a nossa beleza. São vocês, tempestades, talvez sem saberem, que preparam nosso caminho e nos permitem a nos organizar e nos manifestar brilhantemente.

A tempestade, que até então só se conhecia como destruidora, entendeu que também tinha um propósito: limpar o ar, regar a terra e, de certo modo, abrir espaço para a beleza.

E desde aquele dia, sempre que uma tempestade termina, o arco-íris surge como promessa de que a calma pode nascer até das grandes contrariedades.

Moral da história: é comum, nas dificuldades, surgirem as mais belas oportunidades de recomeço.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Parabéns, meu neto Gabriel

Gabriel, hoje o tempo abre um sorriso para celebrar teu primeiro giro ao redor do sol.

Gabriel, pequeno viajante da luz, chegaste como quem semeia flores no jardim adormecido. Em teus olhos mora um azul que acalenta, em teu sorriso nasce um mundo inteiro de encantos.

Desde o momento em que chegaste, com teu sorriso fácil e teu olhar curioso, tu transformaste nossos dias em poesia e nos fez resgatar e reviver a alegria pura da infância.

Cada gesto teu é verso.
Cada passo é promessa.
Cada descoberta é chama que ilumina nossos dias.

Um ano se passou, e cada pequeno gesto teu, cada balbucio, cada passo cambaleante, cada abraço apertado foi um presente que guardarei para sempre no coração. Tu és a prova viva de que a vida se renova, de que o amor cresce sem limites e de que a felicidade pode caber no toque suave das tuas mãozinhas.

Agradeço ao mistério da vida por tua presença que renova esperanças e torna mais leve tudo o que tocas. Que teus caminhos sejam macios como manhãs de primavera e que teu coração siga sempre atento ao brilho das pequenas coisas.

Parabéns, Gabriel. Que tua existência siga sendo poesia aberta ao vento.

Do avô que te guarda no peito como quem guarda um sol recém-nascido.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

O vagalume e a coruja (fábula infantil)

Era uma vez...

Havia uma grande floresta muito tranquila, onde viviam muitos animais das mais diversas espécies. Entre eles morava um pequeno vagalume chamado Lux. Seus olhos, apesar de pequenininhos, pareciam dois faróis que emitiam uma luz intensa que iluminava os caminhos durante a noite.

Todas as noites ele se divertia voando por entre as árvores, saudando os amigos que ainda estavam acordados. Mas, apesar de ser feliz, ele tinha muito medo de se perder na floresta, pois ela era enorme e ele não conhecia todos os caminhos.

Numa noite enquanto voava distraído entre árvores, levou um grande susto ao ouvir bem perto uma voz assim: “uhu, uhu!”. Apesar do susto ele logo reconheceu a dona daquela voz: era uma velha coruja, amiga da família, que também morava na floresta. Feliz ele a saudou:

- Muito boa noite, Dona Coruja! Como a senhora vê, eu gosto de ajudar os que precisam, iluminando o caminho, mas tenho medo de me perder, pois esta floresta tem dimensões enormes.

A coruja pousou num galho, bem perto do vagalume e falou:

- Eu enxergo bem à noite, melhor do que de dia. Eu gostaria de ajudar e guiar os animais que andam à noite, mas não tenho luz para iluminar os caminhos deles.

- Dona Coruja, disse o vagalume, nós podemos trabalhar juntos, em parceria. Eu ilumino as trilhas com a minha luz, e a senhora me indica os caminhos. Que tal?

A Coruja achou a ideia genial. Logo abriu as asas e respondeu:

- Gostei da ideia, amigo. Vamos trabalhar juntos a partir de hoje mesmo.

Assim os dois passaram a voar juntos. Lux iluminava as trilhas com seu pisca-pisca intermitente, e a Coruja mostrava os caminhos mais seguros. Encontraram diversos filhotes de animais perdidos e eles os ajudaram a encontrar suas tocas. Auxiliaram o tatu a atravessar o riacho e livraram o sapo da armadilha de uma serpente.

 

Pensamento: Quando se compartilha o que se têm de melhor, as noites ficam menos escuras.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

O que mais importa

O que realmente importa e permanece não é o que acumulamos, mas o que deixamos nos outros: 

Um gesto de bondade, uma palavra que levanta, um ombro amigo, um exemplo silencioso.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Felicidade

A felicidade está dentro de cada um. 

É importante resgatá-la e nunca deixá-la esmorecer.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Natal chegando


O Natal está chegando. Não se esqueça dos presentes das crianças. Elas esperam. Mas não dê apenas brinquedos. Ajude-as a se desenvolver de forma plena. Dê-lhes também cultura, dê-lhes livros. Sugestão de livro: Histórias para a minha infância. Converse comigo em privado.

 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Atitudes

As atitudes oriundas do coração se reproduzem em locais muitas vezes sequer imaginados. 

São sementes que lançamos pelo mundo a fora e, com certeza, produzirão frutos abundantes.