A felicidade está dentro de cada um.
É importante resgatá-la e nunca deixá-la esmorecer.
As atitudes oriundas do coração se reproduzem em locais muitas vezes sequer imaginados.
São sementes que lançamos pelo mundo a fora e, com certeza, produzirão frutos abundantes.
Era uma vez...
Numa localidade distante,
havia uma bela fazenda bem cuidada, e rodeada de montanhas, vales e pequenos
riachos. O fazendeiro se chamava Rodolfo e gostava de criar aves de várias
espécies. O galinheiro abrigava as aves, onde pernoitavam para descansar e retomar
as forças para recomeçar no dia seguinte.
Dentre as aves havia um
galo grande, chamado Coricó. Ele tinha penas douradas e uma enorme crista
vermelha. Coricó se sentia protetor das aves da fazenda e elas o respeitavam
como tal. Porém, devido à sua autoestima sempre muito elevada, somado ao fato
de ser muito ansioso, todas as madrugadas, antes ainda do nascer do sol ele
começava a cantar com voz forte, acordando a todos os animais que, apesar de
gostarem dele, ficavam incomodados por serem acordados tão cedo.
Um dia, os animais se
reuniram e decidiram chamar a atenção do galo. Para a tarefa foram escolhidos o
cavalo Galopeiro e a cabrita Béééé:
- Senhor galo Coricó,
disse o cavalo, qual o motivo de começar a cantar tão cedo. Deixe-nos dormir
até o amanhecer.
- Espere os primeiros
raios do sol apontarem no horizonte, nós precisamos dormir por mais tempo,
completou a cabrita.
O galo Coricó ouviu com atenção as reclamações, e
respondeu:
- Eu não consigo esperar
devido à minha ansiedade. Além disso, o meu coração fica tão feliz que não
consigo aguardar o nascer do sol.
Então os animais
decidiram pedir a ajuda da sempre sábia Coruja, que morava no topo de uma
árvore ao lado do galinheiro:
- O que a senhora sugere
para que possamos convencer o galo a se conter?
E a coruja, que também
era acordada pelo galo todas as madrugadas, respondeu:
- Se ele começa a cantar
tão cedo é porque seu coração está repleto de alegria e ele não consegue
contê-la. Precisa procurar entendê-lo ao invés de brigar com ele.
Na madrugada seguinte,
toda a bicharada estava ao redor do galinheiro. E quando o galo começou a
cantar, todos, em coro, lhe perguntaram:
- Olá, amigo galo, por
que você começa a cantar tão cedo?
Com os olhos arregalados
e brilhantes, o galo respondeu feliz:
- É porque cada dia que
nasce é uma grande graça de Deus derramada sobre nós, e eu quero ser o primeiro
a agradecer. É através do meu canto que eu celebro a vida.
Os animais se entreolharam e acharam que era uma boa justificativa. Então fizeram um acordo: o galo continuaria a cantar de madrugada, mas uma única vez, e bem baixinho, como se fosse uma oração. E quando o sol nascesse, ele poderia cantar forte e acordar a todos.
Assim, todos descansaram em paz, e o galo pôde manter sua alegria sem incomodar seus amigos.
Pensamento: Quando se aprende a respeitar e equilibrar as diferenças, todos vivem melhor.
Dia 01.11.1949 completo 76 anos. Não celebro apenas a passagem do tempo. Celebro uma linda caminhada. Celebro a mão de Deus guiando meus passos, o amor que encontrei no caminho, as lutas que me forjaram e as alegrias que me alimentaram.
76
anos não é apenas um número. É a soma de muitas histórias. Algumas suaves como a
brisa do amanhecer, outras duras como rocha, mas todas necessárias para
que eu me tornasse quem eu sou. Aprendi com a vida que o que importa e
permanece não é o que acumulamos, mas o que deixamos nos outros: um gesto de
bondade, uma palavra que levanta, um ombro amigo, um exemplo silencioso.
Tenho
a alegria de dizer que a vida valeu a pena, e continua valendo, porque amei,
porque fui amado, porque plantei, porque colhi, porque errei e recomecei,
porque não deixei de caminhar mesmo quando os pés doíam ao pisar, descalços, o
chão inóspito e espinhoso.
Hoje, o balanço que faço não se pauta em saudosismo, mas em gratidão. Agradeço a Deus que nunca me deixou desamparado. Agradeço à minha linda família que deu sentido a tantas batalhas. Agradeço aos amigos, aos que ficaram e aos que passaram, porque cada encontro deixa uma marca.
Não se pode esquecer que o medo é só o medo.
Ele nunca o obriga a tomar qualquer ação.
A gente é que escolhe.
Mas, não se pode esquecer que o medo nunca conduz ninguém ao topo.