Em um vale distante, em meio a uma densa floresta que abrigava árvores frondosas, havia um enorme rochedo que se orgulhava de sua imbatível resistência. Ele era duro, imponente e acreditava que nada conseguiria abalar a sua solidez.
Certa manhã,
uma pequena gota d’água vinda de uma nascente próxima caiu sobre ele.
- Que medo! Mas,
quem você pensa que e para me molhar? zombou o rochedo.
- Sou apenas
uma pequena e quase inexpressiva gota d’água, respondeu ela. Mas
voltarei amanhã, e depois, e depois, e muitas outras vezes...
O rochedo não
se conteve e se pôs a gargalhar. Como uma gota tão frágil poderia fazer-lhe
qualquer diferença?
Dia após dia, a
gota aparecia, e atingia o rochedo sempre no mesmo lugar. No início parecia que
nada mudava. Mas, após muitos dias, começou a surgir uma pequena marca naquele
ponto do rochedo.
- Isso não é
possível, resmungou o rochedo. Eu sou muito forte, sou inabalável!
- Talvez
você seja forte, respondeu a gota, mas eu sou persistente, e nunca
desisto.
Os anos se
passaram e a pequena marca virou um sulco. Depois o sulco tornou-se uma fenda.
Até que um dia, o rochedo se partiu.
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