terça-feira, 1 de abril de 2025

A águia e o tico-tico (fábula)

Era uma vez, em uma vasta floresta tropical, uma águia que voava alto, e observando tudo do topo de sua montanha. Ela era conhecida por sua força e astúcia, mas também por seu temperamento autoritário. Declarava-se a protetora da floresta, garantindo que todos os pássaros seguissem suas regras.

No entanto, os pequenos pássaros, como o tico-tico, começaram a sentir o peso das garras da águia. Eles eram constantemente vigiados, suas canções interrompidas e seus ninhos revistados. “É pelo bem da floresta”, dizia a águia, enquanto exigia que todos respeitassem suas ordens.

Certo dia, o tico-tico reuniu coragem e disse:

– Senhora Águia, eu canto para espalhar alegria e viver em harmonia com os outros pássaros. Por que me impede de ser livre? A águia, com seu olhar penetrante, respondeu:

– Pequeno tico-tico, sua liberdade pode causar desordem. Se todos cantarem o que quiserem, a floresta virará um caos. O tico-tico, que era pequeno, mas astuto, respondeu:

– Mas será que o silêncio imposto não transforma a floresta em um lugar sem alma?

Os outros pássaros começaram a ouvir a conversa. O sabiá, o bem-te-vi e até mesmo o tucano se aproximaram. Eles também sentiam o peso das asas da águia. Lentamente, começaram a cantar juntos, cada um com sua melodia, formando um coro de vozes.

A águia, ao ver a união dos pássaros, ficou furiosa. Tentou abafar as vozes, mas percebeu que sua força não era suficiente para silenciar a todos. Com o tempo, os pássaros continuaram cantando, dia após dia, até que a águia foi forçada a recuar para sua montanha, incapaz de controlar o espírito coletivo da floresta.

Moral da estória: A liberdade, mesmo quando sufocada, encontra força na união. Aqueles que tentam impor o silêncio à diversidade das vozes acabam enfrentando o poder de um coro uníssono pela justiça.Parte superior do formulário

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