sexta-feira, 18 de abril de 2025

PÁSCOA

A Páscoa comemora a ressurreição de Jesus três dias após a sua crucificação, ressurgindo da morte para a vida. Resgatou-nos da escuridão do pecado e nos trouxe à luz da vida. Estabeleceu a grande vitória da vida sobre a morte.

Esse fato sugere que nos tornamos capazes de mudar a nossa vida, através de vários resgates:

Resgate das amarras que nos mantêm reféns das materialidades dispensáveis, da nossa teimosia cega que com frequência nos impede de ver a verdade, das vezes que nos buscamos desculpas com o objetivo de esconder nossa fragilidade. Resgate de tudo o que nos torna mesquinhos, fracos e medrosos perante as realidades da vida.


Esses e muitos outros resgates dependem de nós. Cabe a cada um de nós fazer a sua parte com galhardia, esperança e fé nAquele que se entregou por nós, mas que regressou glorioso para nos redimir.



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quarta-feira, 16 de abril de 2025

A Luz e a Sombra (fábula)

Havia um vilarejo distante, cercado por densas florestas, onde habitavam dois espíritos ancestrais: Lumina, o espírito da luz, e Umbra, o espírito das sombras. Os dois espíritos viviam naquele local há muitos séculos e disputavam, sutil e silenciosamente, o coração dos habitantes.

Lumina era muito querida, por que espalhava bondade e esperança. Sempre que alguém se dispunha a ajudar o próximo ou compartilhar um sorriso, sua luz se fortalecia e iluminava a vila com um brilho dourado. Umbra, por sua vez, sussurrava palavras de inveja, de medo e de egoísmo, numa tentativa de apagar a luz de Lumina e mergulhar tudo na escuridão.

Certo dia, Umbra lançou sua maior investida: semeou a discórdia entre os moradores da vila, fazendo com que passassem a desconfiar uns dos outros. Muitas amizades foram destruídas, vizinhos se tornaram inimigos e a vila, antes próspera, ficou chata e sombria. O brilho de Lumina começou a enfraquecer, e Umbra acreditou que havia finalmente vencido.

No entanto, rapidamente uma jovem chamada Clara percebeu o que estava acontecendo. E ao invés de se render ao medo e à sombra, decidiu enfrentar a situação através da bondade: começou ajudando um vizinho idoso, depois reconciliou dois amigos que haviam brigado e, em pouco tempo, com gestos simples e com pequenas boas ações, foi reacendendo o amor e a solidariedade entre os habitantes do vilarejo. Cada boa ação era como uma centelha de luz que se espalhava entre as pessoas. Aos poucos, a escuridão de Umbra foi se dissipando, até desaparecer por completo.

A vila voltou a brilhar, mais forte do que nunca. E Lumina, triunfante, sussurrou à Clara: “O bem sempre vence quando há corações dispostos a espalhá-lo”. Desde então, a vila nunca mais temeu a sombra, pois aprendeu que, enquanto houver luz no coração de alguém, o mal não prevalecerá.

Moral da estória: A bondade de um único coração pode reacender a luz de multidões.


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terça-feira, 8 de abril de 2025

A persistência da gota d'água (fábula)

Em um vale distante, em meio a uma densa floresta que abrigava árvores frondosas, havia um enorme rochedo que se orgulhava de sua imbatível resistência. Ele era duro, imponente e acreditava que nada conseguiria abalar a sua solidez.

Certa manhã, uma pequena gota d’água vinda de uma nascente próxima caiu sobre ele.

- Que medo! Mas, quem você pensa que e para me molhar? zombou o rochedo.

- Sou apenas uma pequena e quase inexpressiva gota d’água, respondeu ela. Mas voltarei amanhã, e depois, e depois, e muitas outras vezes...

O rochedo não se conteve e se pôs a gargalhar. Como uma gota tão frágil poderia fazer-lhe qualquer diferença?

Dia após dia, a gota aparecia, e atingia o rochedo sempre no mesmo lugar. No início parecia que nada mudava. Mas, após muitos dias, começou a surgir uma pequena marca naquele ponto do rochedo.

- Isso não é possível, resmungou o rochedo. Eu sou muito forte, sou inabalável!

- Talvez você seja forte, respondeu a gota, mas eu sou persistente, e nunca desisto.

Os anos se passaram e a pequena marca virou um sulco. Depois o sulco tornou-se uma fenda. Até que um dia, o rochedo se partiu.

 

Moral da estória: Não existe obstáculo que não possa ser vencido quando se age com persistência.


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sábado, 5 de abril de 2025

A raposa e o julgamento injusto (fábula)

Em uma floresta onde todos os animais viviam sob as leis da justiça, a esperta Raposa decidiu usar sua astúcia para eliminar um velho desafeto, o Coelho. Certa de que poderia manipular o julgamento a seu favor, a Raposa espalhou boatos entre os animais, dizendo que o Coelho havia roubado a colheita dos esquilos e enganado os pássaros ao vender sementes ruins.

A Coruja, conhecida por sua sabedoria, presidia o tribunal da floresta. Quando o dia do julgamento chegou, a Raposa apresentou suas acusações com grande eloquência, sem provas, mas com palavras tão bem construídas que convenceram a maioria dos animais. O Coelho tentou se defender, mas sua voz era fraca diante da multidão influenciada pela Raposa.

A Coruja, no entanto, não era facilmente enganada. Observando atentamente, percebeu que a Raposa parecia mais interessada em se livrar do Coelho do que em buscar a verdade. Em vez de condenar apressadamente, a Coruja decidiu investigar. Com paciência, ouviu os Esquilos e os Pássaros, que negaram ter sido enganados pelo Coelho. Descobriu, então, que as acusações eram falsas.

Diante da revelação, a Coruja voltou-se à Raposa e disse:

- Quem manipula o julgamento para condenar um inocente prepara sua própria armadilha. A justiça não pode ser dobrada ao capricho dos astutos, pois a verdade sempre encontra um caminho.

Como punição, a Raposa foi banida do conselho dos sábios e perdeu a confiança dos outros animais. Isolada, percebeu tarde demais que, ao tentar condenar injustamente, havia cavado sua própria ruína.

Moral da estória: Quem distorce a justiça para benefício próprio acabará vítima de sua própria mentira.

terça-feira, 1 de abril de 2025

A águia e o tico-tico (fábula)

Era uma vez, em uma vasta floresta tropical, uma águia que voava alto, e observando tudo do topo de sua montanha. Ela era conhecida por sua força e astúcia, mas também por seu temperamento autoritário. Declarava-se a protetora da floresta, garantindo que todos os pássaros seguissem suas regras.

No entanto, os pequenos pássaros, como o tico-tico, começaram a sentir o peso das garras da águia. Eles eram constantemente vigiados, suas canções interrompidas e seus ninhos revistados. “É pelo bem da floresta”, dizia a águia, enquanto exigia que todos respeitassem suas ordens.

Certo dia, o tico-tico reuniu coragem e disse:

– Senhora Águia, eu canto para espalhar alegria e viver em harmonia com os outros pássaros. Por que me impede de ser livre? A águia, com seu olhar penetrante, respondeu:

– Pequeno tico-tico, sua liberdade pode causar desordem. Se todos cantarem o que quiserem, a floresta virará um caos. O tico-tico, que era pequeno, mas astuto, respondeu:

– Mas será que o silêncio imposto não transforma a floresta em um lugar sem alma?

Os outros pássaros começaram a ouvir a conversa. O sabiá, o bem-te-vi e até mesmo o tucano se aproximaram. Eles também sentiam o peso das asas da águia. Lentamente, começaram a cantar juntos, cada um com sua melodia, formando um coro de vozes.

A águia, ao ver a união dos pássaros, ficou furiosa. Tentou abafar as vozes, mas percebeu que sua força não era suficiente para silenciar a todos. Com o tempo, os pássaros continuaram cantando, dia após dia, até que a águia foi forçada a recuar para sua montanha, incapaz de controlar o espírito coletivo da floresta.

Moral da estória: A liberdade, mesmo quando sufocada, encontra força na união. Aqueles que tentam impor o silêncio à diversidade das vozes acabam enfrentando o poder de um coro uníssono pela justiça.Parte superior do formulário

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segunda-feira, 31 de março de 2025

Ações da vida

 

Pequenos ou grandes ações sequenciais constroem cada dia. 

E cada dia edifica a vida. 

São inúmeros começos, desenvolvimento e conclusões. 

Tudo numa sequência, sem necessidade de um planejamento rigoroso. 

Umas dão certo de cara, outras precisam de maior afinco, outras, ainda, podem dar errado. 

Mas a vida continua. 

O importante é não se esquecer de traçar metas e buscar alcançá-las através das estratégias mais pertinentes. 

E seguir em frente...

quarta-feira, 26 de março de 2025

O pássaro sábio e o chefe leão (fábula)

Numa floresta bem distante havia um pássaro muito sábio chamado Piu. Ele vivia fazendo o que mais gostava de fazer: voar livremente pelos céus, explorando novos horizontes, treinando sua resistência e aprendendo com o vento. Porém, naquela floresta havia um rei muito poderoso, o Leão, que costumava se impor aos outros animais ditando regras rígidas e impopulares.

Piu, apesar de se sentir livre e poder voar rapidamente e cada vez mais alto, sentia que suas asas pareciam presas às ordens do Rei Leão.

O Rei determinava com frequência que todos os animais seguissem um caminho fixado por ele, sem explorar ou ousar ir além do que lhe era permitido.  Diante desses fatos, Piu não conseguia disfarçar sua frustração e seu desânimo. Então, decidiu que, em vez de atacar diretamente o Leão, usaria sua sabedoria para criar estratégias que pudessem contornar as regras.

Um dia o Leão reuniu todos os animais numa grande clareira da floresta e lhes ordenou uma tarefa muito difícil: carregar pesadas pedra de um local para o outro, sem períodos de descanso.

Foi grande o desânimo dos animais. Mas, o pássaro Piu viu nisso uma oportunidade de melhorar a sua situação. Em vez de se preocupar com o peso das pedras ou com as ordens do Leão, ele observou que todos os animais estavam enfurecidos e cansados. Então ele voou até a árvore mais alta, onde o vento era mais forte e a visão mais clara, e ficou ali, atento. Quando o Leão passou pela árvore, Piu aproveitou o momento para chamar a sua atenção, e lhe falou:

"Ó Rei Leão", todos os animais estão sobrecarregados e cansados. Talvez seja melhor deixar que cada um faça aquilo para o qual está mais preparado. Eu, por exemplo, posso voar e encontrar outras soluções para as tarefas que você não pode ver daí da sua posição."

O Leão, apesar de orgulhoso como sempre, ficou curioso com o que ouvira, e perguntou ao pássaro: "E o que você propõe, pequeno pássaro?" Piu respondeu: "Eu daqui de cima posso ajudar a encontrar formas mais rápidas de transportar as pedras, analisando o terreno e guiando os animais para onde eles podem ser mais eficazes." O Rei ficou impressionado com a proposta e a aceitou.

Piu, então, organizou os animais de maneira mais estratégica, aproveitando as forças de cada um. O trabalho que antes parecia interminável foi concluído com mais rapidez e eficiência, e todos ficaram mais satisfeitos.

O Leão, admirado com a sabedoria do pássaro, aprendeu uma valiosa lição: às vezes, as regras e imposições precisam ser ajustadas para permitir que todos encontrem seu melhor caminho.

 

Moral da estória: Quando as barreiras parecem intransponíveis, a verdadeira sabedoria não está em lutar contra as imposições, mas em encontrar formas inteligentes e criativas para superá-las.

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