quarta-feira, 30 de julho de 2025

A tartaruga e o riacho (fábula)

Era uma vez uma tartaruga chamada Vagarosa, que morava em uma linda floresta repleta de riachos e campos verdes.

Vagarosa era conhecida por sua sabedoria e paciência. Ela caminhava devagar, porém sempre chegava ao seu destino. Mas, havia um riacho no caminho dela que se tornou seu grande obstáculo. Quando o nível da água subia, o riacho transbordava e formava uma correnteza forte, que bloqueava a passagem.

Um dia, a tartaruga tentou atravessá-lo, mas a água estava tão alta que ela não conseguiu e quase foi levada pela correnteza. Alguns animais da floresta, como os alces e os lobos, atravessavam o riacho com facilidade pulando distante. Eles zombavam da Tartaruga Vagarosa, dizendo: “Você nunca conseguirá atravessar. Desista de vez. Você é muito lerda.”

Mas a tartaruga, calma e serena, respondia: “Eu não sou rápida, admito, mas não vou desistir. Um dia vocês me verão aí do outro lado.”

No dia seguinte, a tartaruga retornou ao riacho. Mas em vez de tentar atravessá-lo, ela começou a analisar cuidadosamente a correnteza e as pedras que formavam o leito do riacho, e fez diversos cálculos matemáticos. Aproveitando as pedras que aí estavam em abundância, começou a criar um caminho em uma das margens. Cada dia trabalhava um pouquinho e juntava algumas pedras. Os animais da floresta riam dos esforços da Vagarosa, afirmando que ela estava perdendo seu tempo. Mas ela sabia que não podia desistir. Estava ciente que o trabalho e a persistência a levariam à vitória. Depois de muitos dias de trabalho ela concluiu a sua parte da obra. Só faltava as águas baixarem.

Após algumas semanas, as chuvas diminuíram e o riacho começou a baixar o seu nível. Então foi possível ver que ela construíra uma pequena ponte de pedras de uma margem à outra, permitindo que atravessasse o riacho com segurança.

Os animais viram a tartaruga atravessar o riacho lentamente, mas com segurança, e envergonhados perguntaram: “Vagarosa, como você conseguiu? Nós zombávamos de você, mas agora vemos que fez algo que não imaginávamos.”

A tartaruga sorriu e respondeu: “Eu sabia que o riacho era um entrave para mim, mas em vez de me desesperar ou desistir, escolhi perseverar. Não importa quanto se tenha que lutar para atingir o objetivo, nem quantas vezes os outros sugiram que se desista, o segredo é seguir em frente, passo a passo, com paciência, perseverança, e confiança de que um dia se chega lá”. Todos entenderam que com trabalho e persistência é possível superar os obstáculos que bloqueiam nosso caminho, como a tartaruga que nunca desistiu e foi recompensada.

 

Moral da estória: O trabalho a perseverança e a paciência são as chaves para superar qualquer adversidade.

 

terça-feira, 22 de julho de 2025

Ande sozinho mesmo!

Existem momentos em que precisamos nos transformar em nossos próprios heróis e seguir nosso caminho sozinhos. 

Sem desistir!

domingo, 20 de julho de 2025

O carvalho e o vento do juízo

Em uma clareira de uma exuberante floreta que cobria uma grande colina, existia um velho carvalho que se destacava pela sua imponência. Ele era muito forte e parecia ser muito firme também.

Os viajantes, os caçadores que por lá passavam, costumavam se abrigar sob sua densa sombra. Servia, ainda, como abrigo para centenas de pássaros e pequenos animais que repousavam sobre seus galhos. Enfim, era a árvore mais conhecida e mais admirada daquela floresta.

Certa manhã, bem cedinho, surgiu um vento suspeito, muito forte, chamado Sopro Destruidor. Esse vento chegou dizendo que era o juízo supremo descido dos céus. Era vaidoso, arrogante e impiedoso. Afirmava que com seu poder aniquilaria quem quisesse, e julgaria a todos segundo seu desejo, sem ouvir, sem ponderar, e sem perdoar. Olhou direto para o majestoso carvalho e falou: "Este carvalho se acha mais forte do que eu, mas vou lhe mostrar que o juiz sou eu, e que eu decido quem permanece e quem cai".

De imediato, o vento se lançou com toda fúria contra o carvalho. Praguejava contra ele dizendo: "Cresceste muito, te destacaste demais, atraíste muita atenção para ti, por isso eu te destruirei".

Todos os dias, e a cada dia por mais tempo, o Sopro Destruidor investia contra o carvalho. Os galhos se dobravam tanto a ponto de alguns alcançarem o chão. Arrancava-lhe inúmeras folhas, tentando forçá-lo a ceder e a reconhecer uma culpa que não possuía (a culpa de ser tão majestoso!).

Mas o carvalho, enraizado na terra fértil da verdade, da paciência e da persistência, apesar de tudo resistia soberano. Vergava, mas não quebrava. Perdia folhas, mas mantinha sua essência.

Os bichos da floresta no começo se afastaram com medo de ser atingidos pelo Sopro Destruidor, mas logo perceberam que aquele que pregava a justiça não a praticava, enquanto em silencio, o carvalho sustentava a vida e a dignidade.

Depois de vários dias, Sopro Destruidor começou a perder força, e a se sentir mais e mais enfraquecido. Perdeu sua valentia, sua arrogância arrefeceu, seus rugidos desapareceram e sua presença deixou de ser notada. Percebeu que perdera o espaço que tentou tomar para torná-lo seu, e decidiu partir silenciosamente para outras paragens.

Assim, a tempestade cessou e o velho carvalho continuava lá, um pouco arranhado sim, com menos folhas, mas imponente, vitorioso.

Moral da estória: Quem está amparado pela verdade e pela retidão, pode até ser assolado pelos ventos da injustiça, mas não será derrubado.

 


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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Não se preocupe

Aprendamos com a lição que o sol nos oferece todos os dias: 

Não se preocupe se as pessoas deixam de mencionar quando que  você faz o bem. 

O sol nasce lindo e majestoso todas as manhãs e a maioria das pessoas sequer o percebem.

terça-feira, 15 de julho de 2025

O pequeno grão de trigo (fábula)

Era uma vez um pequeno grão de trigo misturado a milhares de outros grãos estocados em uma fazenda muito distante. Ele não se sentia confortável vivendo naquela mesmice, onde nada de novo acontecia. Almejava seguir seu próprio caminho, ser diferente e ser reconhecido pela própria ousadia e trabalho.

Certo dia, um vento forte soprou naquela fazenda e arrebatou o pequeno grão do depósito lançando-o para longe. Os outros grãos viram tudo acontecer com seu colega e cochicharam: “Coitado, nunca mais dará frutos...”

Foi empurrado impiedosamente pelo vento até cair em um solo distante e desconhecido, seco e pedregoso. Ele tentava fincar raízes, mas a cada dia a luta se intensificava. As chuvas eram muito raras e o sol castigava sem piedade. Mas, o pequeno grão se recusava a desistir.

Passadas algumas semanas o grão começou a germinar. Com suas raízes firmes e sua vontade inabalável, enfrentou tempestades e o sol escaldante. E cresceu mais forte do que qualquer outro pé de trigo do campo de origem. Produziu um grande e dourado cacho recheado de novos grãos. Pássaros vinham comer suas sementes e levavam as sobras para outras terras, gerando novas plantações.

Um dia, um vento familiar voltou a soprar sobre o seu antigo campo. Observou que os outros grãos, que nunca tinham saído de lá, continuavam os mesmos. Olhando para o céu, esses velhos grãos puderam ver os pássaros carregando as sementes do grão vitorioso para espalhar sua força e resiliência pelo mundo afora.

Moral da estória: Para crescer e alcançar grandes triunfos é necessário sair da zona de conforto e ir à luta.

 

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sábado, 5 de julho de 2025

O sabiá e o papagaio (fábula)

Há muitos anos, numa floresta vibrante e cheia de vida, habitava um belo sabiá. Ele costumava acordar ainda de madrugada para começar a cantar. Ele queria, com o seu canto, semear alegria e bem-estar. 

Ao ouvirem o gorjeio apaixonado do sabiá, os outros animais e as aves sabiam que era hora de acordar para recomeçar o dia. Despertar todas as manhãs com uma música tão linda era muito gratificante. Por isso todos o admiravam e o amavam.

Em uma dessas manhãs surgiu um papagaio muito tagarela, habituado a imitar os outros. Acomodado sobre um galho de árvore bem em frente à plateia, ele se encheu de autoconfiança, pois se julgava superior a todos, estufou o peito e começou a implicar com o sabiá. Falava em voz alta para todos ouvirem que o sabiá era um fraco, um incompetente, que não sabia se adaptar a mudanças exigidas pela modernidade e que lhe faltava coragem para ser ousado.

"Você precisa cantar como eu", falava o papagaio, enquanto repetia o que ouvia de outros animais.

O sabiá, tranquila e sabiamente, retrucou:

"Mas eu canto melodias que eu mesmo componho, pertencem ao meu repertório pessoal. E minha música traz paz e bem-estar para a floresta".

Os animais presentes estavam divididos. Alguns preferiam o canto melodioso do sabiá, outros preferiam as imitações malucas do papagaio. Então, a discórdia tomou conta da floresta e a harmonia que havia começou a se desintegrar.

Certa noite, já um pouco tarde, surgiu no horizonte uma nuvem pesada, indício da chegada de uma tremenda tempestade, ameaçando os habitantes da floresta. 

Os animais ficaram muito apreensivos e começaram a se reunir ao redor de uma grande árvore para se proteger. 

O sabiá, percebeu a preocupação e o pavor dos animais e, sempre generoso e proativo, começou a cantar uma melodia suave para acalmar a todos. O papagaio entendeu a gravidade do momento, e viu que era hora de colaborar. 

Ele se aproximou do sabiá e os dois começaram a cantar juntos. Com essa atitude mantiveram os animais reunidos sob a grande árvore, esquecendo-se do medo da tempestade. Quando a tempestade passou todos perceberam que a diversidade de vozes é a chave para a união e para o sucesso.


Moral da estória: Em tempos de discórdia, a verdadeira força está na capacidade de unir diferentes opiniões e perspectivas para se chegar a melhor solução.