quinta-feira, 5 de junho de 2025

O sussurro da floresta (fábula)

Havia uma floresta encantada onde todos os animais viviam em paz. Cada podia expressar suas ideias livremente, desde o rugido do tigre até o canto do beija-flor. Porém, um dia, a raposa, esperta e astuta, que dizia governar a floresta, resolveu impor uma nova regra:

- A partir de agora, apenas os mais fortes e mais privilegiados poderão falar! Os demais devem ouvir calados e obedecer.

No início, temerosos, muitos animais ficaram em silêncio. Assim, o lobo uivava suas ordens, a águia decretava novas regras do alto do pico das montanhas, e o urso rugia para intimidar os descontentes. Os mais fracos, coelhos, tatus, pássaros e outros, subjugados, comunicavam-se só com olhares e gestos. Mas, com o tempo, a floresta começou a mudar: a ausência do canto dos pássaros, deixava os dias muito silenciosos e tristes. Sem o alerta dos esquilos, muitos animais caíam em armadilhas. Sem o conselho das corujas, decisões precipitadas levaram a escassez de comida.

Foi então que, certa manhã, um pequeno grilo, com sua voz frágil, começou a cantar sozinho. Pouco a pouco, os pássaros se juntaram, seguidos pelos esquilos, as corujas e até os animais mais medrosos criaram coragem.

- Se só alguns podem falar, todos perdem!  disse a coruja.

Com isso, os animais concordaram em restaurar a liberdade de se expressar livremente, e os poucos privilegiados não conseguiram calá-los. A alegria voltou à floresta, e todos voltarem a ser livres e respeitados.

 

Moral da estória: Uma sociedade só cresce quando todos podem se expressar livremente. O silêncio imposto é uma sombra que sufoca o progresso.


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