sábado, 31 de março de 2012

A FUNÇÃO DA TERRA

Deus criou a terra e criou o homem para possuí-la, dominá-la, fazê-la produzir alimentos, para dela extrair-se o conforto necessário.

Não se sabe há quantos milênios o homem inteligente a domina, mas sabe-se que muito cedo percebeu o seu valor. Aprendeu rapidamente que a terra é sinal de riqueza e de poder. Grandes movimentações de povos ocorreram com o passar dos tempos, sempre em busca de terras melhores ou mais abundantes.

Tem-se registro de longas e contínuas guerras entre povos, entre clãs e entre pequenas famílias, sempre com vistas a dominar extensões sempre maiores de terras. A ganância sempre imperou abundantemente.

Em tempos mais recentes, o que buscavam os navegadores e os descobridores senão mais riquezas através do domínio de mais terras?

Enfim, através da história observa-se que quanto mais posses o homem possuir, mais poderoso será. Mesmo extensões de terras sem qualquer cultivo. Desta forma, poucos permaneceram como proprietários das terras férteis e muitos, sem elas, passaram a trabalhar para os primeiros ou submeter-se a privações de toda espécie.

Surgiram conflitos entre povos, entre organizações ou entre homens para obter sua propriedade, ou migrações em massa para terras novas. Os séculos XIX e XX, por exemplo, foram marcados fortemente pelos movimentos migratórios. Os meus antepassados e os de muitos dos meus leitores são oriundos da velha Europa. Para cá se dirigiram para começar vida nova como proprietários de terras, decididos a fazê-las produzir, extrair riquezas, e ter uma vida melhor.

No Brasil, mais recentemente, grupos criaram movimentos para lutar por seu pedaço de terra, luta essa que muitas vezes provoca baixas de ambos os lados, contradizendo a finalidade e a função da terra, que é de produzir e dar vida, nunca de tirá-la.

Todos sabem que o Brasil possui terras férteis para todos os que quiserem trabalhar. Milhões de hectares ainda esperam por alguém que os cultivem. O que falta é boa vontade de quem detém o poder de distribuir, de incentivar a fixação do homem no campo e de financiar as primeiras colheitas e escoar os bens produzidos.

Regras muito claras devem reger esse processo para evitar que aproveitadores colham o ensejo para enriquecer-se ainda mais às custas de outros mais ingênuos.

A posse da terra deve ser acompanhada e os seus novos proprietários orientados por técnicos, com a finalidade de otimizar a produção.

Deve-se esquecer da denominação reforma agrária, e passar a definir com clareza e determinação uma política agrária. Os horizontes, as metas, os objetivos e a maneira de como alcançá-los devem ser transparentes, suficientemente discutidos e clara e corajosamente postos em prática, com o compromisso de continuidade dos governos seguintes. É importante que se destine a cada família a quantidade necessária, sem preconceitos e com total isenção, levando em conta que parte da terra deve ser preservada com vegetação e parte para o cultivo. E toda a terra distribuída deve cumprir com sua missão.

A política agrária deve levar em consideração todas as terras com potencial para agricultura e pecuária, salvaguardando aquelas que já cumprem sua missão: as que são produtivas. Toda a terra deve cumprir a sua finalidade de produzir alimentos e riquezas e sua distribuição deve obedecer a padrões pré-determinados que considerem a vocação de seus novos proprietários para cultivá-la e deve ter tamanho suficiente para atender as suas necessidades.

Os títulos de propriedade são importantes para legitimar o proprietário, mas a legislação deve ser muito clara no tocante à obrigatoriedade do cumprimento da sua missão. A legislação a que me refiro deve prever a proibição de venda ou permuta das terras por determinado tempo, para evitar que aproveitadores se beneficiem da boa fé ou da ingenuidade de pessoas mais simples.

A mesma legislação deve ser aplicada a todos os detentores de terras no Brasil, lembrando que a lei é igual para todos. Incluem-se as propriedades dadas aos índios. Entendo que a delimitação de reservas não é uma boa política, pois mesmo tentando-se resguardá-los de investidas de espertalhões, é uma forma de isolá-los, de segregá-los, de negar-lhes o conforto do progresso. Mantê-los à margem daquilo de bom que o progresso nos proporciona não é um gesto cristão. Devem ser tratados com igualdade, respeitando sua cultura. Ao invés de reservas, dar-lhes títulos de propriedade e toda a assistência necessária para fazer com que suas terras produzam e através delas busquem o progresso e o bem estar sempre maior.

(Artigo publicado no JNB em 22 de maio de 2004

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

AINDA HÁ TEMPO


No vai-e-vem da vida, a vida vai-e-vem, vem-e-vai...

Nessa loucura, às vezes o homem se esquece de sua condição humana, feita de carne e de ossos, mas também de inteligência, de amor e de sentimentos. Feito uma máquina estruturada e configurada para funcionar com perfeição, de repente passa a apresentar defeitos, desvios, avarias, desgastes.

A sobrecarga de informações materialistas com que é bombardeado e que assimila no dia a dia o direciona e o condiciona a buscar mais e mais coisas, sem se preocupar de intercalá-las com algo que lhe agregue valor e edifique o seu interior.

A educação singela recebida nos longínquos dias no regaço materno, a qual destacava a importância dos sentimentos, da amizade, da solidariedade, de que a pessoa é o que ela é, e não o que ela possui, aos poucos é substituída pela busca obstinada, doentia de bens e posições efêmeras.

Aquele coração cultivado com todo o carinho e enriquecido de boas intenções, de sonhos, de sentimentos, esvazia-se pouco a pouco, dando lugar, mesmo sem perceber, a um amontoado de materialidades vazias.

Passados os anos, dono de muitas coisas, mas de coração vazio, o homem percebe que correu o tempo todo ao redor de si mesmo, perseguindo a sua própria sombra (ou será que era o seu rabo?!) e quando imaginou ter alcançado os seus objetivos, sentiu-se só, distante, desfigurado e... não se reconheceu. Percebeu que as riquezas que amealhou não são suficientes para torná-lo feliz.

Percebeu que consumiu muito da sua preciosa vida à toa, à procura de bens e de posições que não eram essenciais para a sua felicidade. Coisas importantes sim, que poderiam ajudar a tornar a sua vida mais fácil, mais confortável, mas não eram a essência da sua vida.

E nessa encruzilhada deverá decidir: continuar a correr sem rumo e desgovernado, ou parar, refletir e retomar o caminho da verdadeira felicidade, mesmo que signifique retornar e abandonar conceitos até então tidos como imprescindíveis, irremovíveis e absolutamente necessários para a sua vida, e passar a se enriquecer de simplicidade, de tudo o que é singelo, resgatando o relacionamento fraternal com as pessoas que, de repente, percebe que convivem com ele.

Pode, às vezes, parecer tarde para recomeçar. Definitivamente não é. Sempre é tempo de retornar... de recomeçar... de ser feliz...

(Publicado no JNB em fevereiro de 2012)

SE VOCÊ VOTOU CERTO...



Mais uma vez o dever nos convocou para escolher aqueles que nos representarão por um longo período. Comparecemos às urnas. Votamos.

O voto é muito importante na vida dos cidadãos e na vida de cada nação. Através dele os cidadãos aprovam ou desaprovam as atitudes daqueles que os governam. Pelo voto os cidadãos renovam suas esperanças de melhoria. Dizem “sim”, ou “não” a propostas ou a fatos consumados. É a melhor arma à disposição de cada cidadão para se manifestar, para exigir, propor, aprovar ou reprovar pessoas e propostas.

A importância do voto em uma sociedade democrática é indescritível. É através dele que podem ser operadas transformações radicais, guinadas de cento e oitenta graus (ou mais, quem sabe!), profundas alterações de rumo, substituições de objetivos coletivos. Tamanha é a força dessa arma denominada “voto”.

Mas por ser uma arma tão poderosa ela pode agir contra quem a detém, e causar-lhe sérios prejuízos. É quando o voto não é levado a sério, quando usado em tom de brincadeira, para “zoar”, voto de protesto, dentre outras denominações. Toda vez que o cidadão utiliza o voto com essa finalidade está apontando essa arma contra o próprio peito. Essa maneira incorreta de protestar pode eleger incompetentes para nos representar, para propor, para decidir em nosso nome.

O que é que se ganha com esse tipo de protesto? Nada. Perde-se muito.

Mas existe um jeito correto de utilizar o voto de protesto: é votar apenas naqueles que realmente merecem a nossa confiança, que vêm o coletivo acima do pessoal, o público acima do privado. Sem ter medo de mudar. Substituir nomes, pessoas, pontos de vistas, opiniões, crenças, culturas.

Este é o voto de protesto que agrega valor, que constrói, que transforma, que favorece a sociedade como um todo. Voto privativo àqueles que realmente votam conscientes.

Se você votou assim, parabéns. Se não, pense nisso. Haverá outras eleições à frente.

(Publicado no JNB em outubro de 2010)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O PESO DA SABEDORIA

Os sábios têm o dom de transmitir seus conhecimentos e de se fazer entender com poucas palavras. São quietos. Pouco barulhentos. Não estão preocupados em divulgar que, em relação à sabedoria, se encontram em um nível superior. Conceituam, transmitem, ensinam, divulgam através de poucas palavras, com argumentos sólidos, fundamentados, incontestes.

Surge então a pergunta: Será que a sabedoria tem influência sobre o peso do cérebro humano?

Uma vez um colega me enviou um e-mail com uma pequena estória, cujo autor desconheço, a qual narrava mais ou menos o seguinte: “Certo dia, meu pai, que era muito sábio, me convidou para dar um passeio num bosque. Durante a caminhada ele parou em uma pequena clareira e, após um breve silêncio, me perguntou:

- Além do cantar dos pássaros o que mais você está ouvindo?

Apurei os ouvidos por alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo o barulho de uma carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia...

Perguntei-lhe: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

- Ora, respondeu ele. É muito fácil saber que uma carroça está vazia devido ao seu barulho. Quanto mais vazia estiver a carroça, maior é o barulho que ela faz.

Tornei-me adulto e, até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, com prepotência, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: ‘Quanto mais vazia a carroça mais barulho ela faz’.”

No dia a dia nos deparamos com carroças (cabeças) cheias e com carroças (cabeças) vazias. É muito fácil distingui-las: a exemplo da estória, as mais barulhentas são as mais vazias, as menos sábias. Aquelas que estão muito preocupadas em divulgar os seus feitos e de provar o que imaginam que são. Assemelham-se às carroças barulhentas, vazias de conteúdo.

A sabedoria flui espontaneamente. Não precisa de muito esforço para aflorar. É como uma fonte de água cristalina que brota da rocha e, em silêncio, avança deixando como legado um rastro de renovação da vida.

O sábio é tranqüilo, não é prepotente, não interrompe o pensamento dos demais, não é inoportuno. Sabe valorizar os outros em todos os momentos e circunstâncias.

O sábio é aquele que sabe ouvir, que sabe aprender, que ouve sempre, que aprende sempre com tudo e com todos. Ninguém é tão sábio que nada tenha a aprender e nem tão ignorante que nada tenha a ensinar.

Ser sábio não significa deter todo o conhecimento, mas saber transformá-lo em vida, transmiti-lo às pessoas e torná-lo útil e prático para melhorar a vida de todos. Não é a quantidade de conhecimento que conta, mas a capacidade de convertê-lo em realidade e em bem estar, em algo realmente produtivo.

(Texto publicado no JNB em outubro de 2004)

sábado, 21 de janeiro de 2012

VOCÊ TEM EXPERIÊNCIA?

Quantas vezes você já ouviu essa pergunta? Quantas vezes e para quanta gente você precisou repetir toda sua história profissional?

Se você já procurou emprego alguma vez, certamente ouviu tal pergunta e teve que se desdobrar para respondê-la não da forma como você gostaria (que seria o correto), mas do jeito que agradasse o seu interlocutor.

Num país onde a cada ano milhares de jovens são lançados ao mercado de trabalho, o preconceito da “falta de experiência” está presente como uma sombra nos responsáveis pelas entrevistas e seleção de candidatos para preencher qualquer vaga, desde a mais singela até a mais sofisticada ou mais técnica.

Até para a contratação de estagiários muitas vezes é exigido experiência e fluência em um segundo idioma (geralmente inglês). Ora, o estágio não está dirigido a quem está começando sua vida profissional? E onde o jovem que busca seu primeiro emprego, teria angariado experiência?

São absurdos que se cometem em nossos dias por aqueles que, provavelmente, desconhecem que a experiência pode vir acompanhada de vícios e de defeitos que podem comprometer o bom andamento da própria empresa. É bom saber que treinar o próprio empregado, mesmo que isso exija algum investimento, é uma forma de colocar o homem certo no local certo dentro da empresa. E se isso ocorrer, o desempenho da própria empresa será ainda maior.

Longos anos de experiência nem sempre são sinônimo de competência: dez anos de experiência tanto podem significar um ano bom, seguido de outros nove melhores e mais bem sucedidos, quanto podem significar um ano ruim seguido de outros nove com desempenho medíocre. Portanto, nem sempre anos de experiência podem significar boa bagagem.

Eu entendo que treinar os próprios funcionários é uma excelente política empresarial. É muito bom mesclar empregados experientes com empregados inexperientes no desempenho de uma mesma tarefa. Será a soma da vida nova com a experiência. Ambas se complementarão.

Exigir do futuro candidato atributos desnecessários ao desempenho das rotinas requeridas pela vaga em nada acrescenta o desenvolvimento desta. Às vezes, a exigência desses atributos secundários pode desclassificar, já a priori, candidatos de primeira linha. Pedir, sem necessidade, fluência em um segundo idioma, por exemplo, nem sempre agrega valor à empresa, além de correr o risco de descartar outros cujos atributos que os tornam mais competentes.

É preciso assumir o papel empreendedor, sem esperar que os outros preparem os nossos empregados. É necessário desenvolver a vocação de pioneirismo, dar uma chance a essa garotada que está ávida por conquistar seu primeiro emprego. Creiam, acreditar nessa juventude que está aí, significa ter grandes motivos de sucesso. A juventude só precisa de uma chance. Quer trabalhar. Deve ser atendida.

(Artigo publicado no JNB em 25/10/2003)

domingo, 15 de janeiro de 2012

CADÊ O MEU EMPREGO?

Uma das realidades no Brasil de hoje é o desemprego. Não é novidade ter amigos ou conhecidos (ou familiares) desempregados. O fantasma do desemprego atualmente é um dos fatores que mais intriga e preocupa qualquer trabalhador. A inatividade forçada, como se pode definir o desemprego, além das conseqüências negativas que traz pela falta de renda, fere a alma de qualquer um: de um lado o indivíduo tem a consciência de suas potencialidades e competências, de outro se sente impossibilitado de desenvolvê-las pelo simples fato de não lhe darem oportunidades.
           
Quais as causas do desemprego? Com certeza são inúmeras. Desemprego existe desde que existe emprego. Contudo, em determinadas épocas da História ele se acentuou e em outras, diminuiu. As grandes oscilações podem ser marcadas por transições históricas. O invento da máquina a vapor, por exemplo, tomou o lugar de muitos empregados, a robotização decepou um sem número de vagas, as modernas e grandes colheitadeiras esvaziaram os empregos nos campos, inchando as grandes cidades de migrantes em busca de condições de vida.
           
Nos dias atuais atravessamos outras fases muito críticas não só no Brasil, mas em quase todos os países do mundo, inclusive naqueles considerados pilastras de desenvolvimento no primeiro mundo. Mais uma vez a tecnologia é uma das causas desse problema, juntamente com a globalização, que é a grande madrasta, pelo menos para os países menos preparados. Produtos fabricados a baixos custos de produção em países com alta tecnologia são “despejados” nos países que não atingiram o mesmo patamar tecnológico, e a preços às vezes inferiores aos de produção desses países, provocando desestabilização, falências, diminuição dos postos de trabalho na indústria, comércio e serviços, além do estremecimento do saldo da balança comercial.
           
A globalização esta aí, ruim para quase todos, porém não creio que alguém possa se livrar dela, pois isolar-se pode significar suicídio. A melhor maneira de vencer um inimigo é conhecê-lo. Dar-lhe as costas equivale a reconhecer a derrota. É imperativo que enfrentemos a globalização com nossas próprias forças, preparando-nos dia a dia, enumerando a qualidade de nossa produção, extirpando os desperdícios de qualquer natureza, enfim, capacitando-nos para competir de igual para igual.

De nada vale choramingar, espernear, descabelar-se e jogar a culpa do desemprego sobre os outros, sobre o governo, ou amaldiçoar a globalização. A solução está no esforço das três forças mestras de uma nação: governo, empresariado e população. Todos devem dar a sua parte.

Publicado no JNB em julho de 1998

QUALIDADE DE VIDA, REALIDADE OU UTOPIA?

Dissertar sobre qualidade de vida significa, de certa forma, contribuir para a formação de nova mentalidade, sobre a necessidade de se melhorar nossa vida pessoal, familiar e social. É o grande desafio de nossos dias. É uma mudança radical de nossa maneira de pensar. É transformar nossa cultura. É não aceitar ser coadjuvantes, mas atores principais. Buscar a qualidade de vida é ser artífice de nosso destino, é manipular nossas próprias mudanças, porque elas afetarão diretamente a nossa vida.

De nada valeria alcançar a qualidade total na empresa em que atuamos, mesmo que nossa atuação seja decisiva para tal, se os seus resultados não contribuíssem diretamente para a melhoria de nosso próprio padrão de vida.

O salário sempre teve grande importância no relacionamento empresa e empregado, porém, não é o único fator que determina a qualidade de vida. Hoje, mais do que nunca, outros fatores preponderantes como trabalho, saúde, educação, alimentação e lazer são fundamentais para a satisfação dos seres humanos. São condições imprescindíveis para a qualidade de vida.

O trabalho dignifica o homem tornando-o capaz de projetar e construir sua vida. Por isso, o local onde desenvolve seu trabalho deve ter condições suficientes de higiene e segurança, sem se esquecer do treinamento, imprescindível para o seu eficiente e correto desempenho com a segurança requerida.

A saúde é importante: acesso à assistência médica, odontológica, oftalmológica, etc., extensivos aos dependentes, lhe diminuem a preocupação e lhe proporcionam maior motivação e disposição.

A educação é outro fator de extrema importância. Além do treinamento, que o habilita para o correto desenvolvimento de suas tarefas no trabalho, deve vislumbrar a realidade de adequar-se culturalmente e garantir boa formação acadêmica aos seus dependentes.

A alimentação é fundamental – quantitativa e qualitativamente. Uma alimentação balanceada e suficiente a ele e aos seus, lhe dará maior satisfação, tranqüilidade e desempenho.

O lazer é outro fator imprescindível para a qualidade de vida. Após um período de trabalho e preocupação é imperativo que tenhamos lazer para repor as energias desgastadas na labuta diária.

Em suma, a qualidade de vida é obtida através de um conjunto de qualidades, passando sempre pelo trabalho, alimentação, educação, saúde e lazer. Cada um desses itens formam um conjunto. São e estão inter-relacionados. Já não se aceita a ausência de qualquer deles. E será esta convicção que dará forças para perseguir cada um deles de maneira implacável até alcançá-los na sua plenitude.

Artigo publicado no JNB em maio de 1998.