segunda-feira, 13 de abril de 2020

As pessoas precisam se movimentar

As pessoas foram criadas com a capacidade de se movimentar. São diferentes das árvores que, apesar de frondosas e floridas, não conseguem sair de seu lugar. 

As pessoas podem andar e possuem a inteligência que lhes possibilita buscar alternativas tanto de direção quanto de distâncias a atingir. A inteligência e o espírito, em sintonia com o corpo, formam uma parceria indescritível. São capazes de se superar e alcançar distâncias não imaginadas, e em velocidades inéditas.

O alcance do olhar normalmente é mais limitado do que se possa perceber. Por isso, não é prudente buscar apenas àquilo que se enxerga. O que está além, mesmo que pareça oculto, pode ser mais interessante e mais atraente. 

O horizonte estendido diante dos olhos é apenas uma amostra minúscula da imensidão de milhares de outros horizontes que o sucedem. É como se fosse o precursor de infinitos outros horizontes que se enfileiram um após o outro, sem intervalos, numa sequência harmoniosa e crescente.
(06.04.2020)

Sabor das vitórias

As vitórias sempre são mais saborosas quando atingidas com o próprio esforço, e à revelia da opinião e dos julgamentos dos outros. 

Pequenos detalhes e pequenos passos muitas vezes levam a alcançar vitórias grandiosas. 

Alguém disse: “às vezes parece que o mundo virou de cabeça para baixo, mas aí a gente ajusta o olhar e vê a vida por outro ângulo”. 

(03.04.2020)

Pessoas negativas

Existem pessoas tão negativas e autodestrutivas que não merecem sequer nossa atenção. 

Elas se sentem tão pequenas que não aceitam o sucesso dos outros e tentam contagiá-los com seus infortúnios, a ponto de tentar envolvê-los para que façam parte de seus próprios fracassos.
(03.04.2020)

Objetivos...

Quantos serão os objetivos traçados e alcançados, quantos horizontes vislumbrados, quantos olhares dirigidos ao infinito... A quantidade será sempre um mistério, mas a intensidade pode ser medida e definida por cada um.

Nenhum caminho nasce pronto. Também não é construído num único dia. É composto por todos os momentos vividos. A cada momento se constrói um pedacinho dele: pequenas distâncias obtidas da vivência de cada um dos minúsculos momentos.
(02.04.2020)

O que é a vida

É difícil definir o que é a vida. Existem tantos aspectos a considerar, pontos de vista a destacar, prioridades a estabelecer, que uma definição simples será sempre insuficiente. E mesmo que seja mais elaborada, mais complexa, sempre ficará aquém do alcance do seu verdadeiro sentido. Por isso, melhor não tentar defini-la. É preferível vivê-la.

A vida não pode ser confundida com um objetivo. A vida é o caminho. E cada um traça o seu caminho e se transforma nele. Ninguém deve abrir mão da prerrogativa de ser o próprio caminho por onde a sua vida transita e o conduz no dia a dia. Esse caminho vai se recolhendo automaticamente à medida que por ele se transita, como se fosse um grande tapete que se enrola gradativa e definitivamente na sequência de cada passo dado.

(01.04.2020)

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Foco na solução



Os problemas costumam chamar a nossa atenção de uma forma muito incisiva. Uma dor de dente pode nos incomodar de tal maneira a ponto de esquecermos que temos outros 31 dentes sadios. Uma unha encravada pode provocar o caos em nossa jornada. Enfim, tudo o que contradiz nosso desejo, ou nossos hábitos, se transforma em problema e, muitas vezes, nos desvia do foco, levando-nos a permanecer estáticos, detidos a contemplar o problema.

Tudo o que contradiz o que planejamos é tido como problema, empecilho, entrave, e pode se transformar em desvio ou abandono de nossos objetivos. Às vezes os problemas nos assustam, outras vezes nos deixam apavorados. Para muitos, porém, eles são transformados em pistas que podem levar à vitória, ao sucesso.

Sabemos que é muito mais fácil lidar com a vitória do que com o fracasso, com a bonança do que com as contrariedades. Mas, nem tudo o que se antepõe à nossa vontade deve ser considerado um entrave. Apesar de nem sempre ser possível nos livrar dos problemas na intensidade que planejamos, sabemos que sempre haverá alguma solução. Precisa procurá-la, identificá-la, estudá-la, defini-la. Precisamos ser como a água, que não aceita ser aprisionada: ela contorna os obstáculos até encontrar uma saída.

A descida geralmente é mais fácil e mais atraente do que a subida. Mas quanto mais se desce mais próximo se chega do chão, e a nossa vista fica cada vez mais limitada, e o alcance do horizonte diminui mesmo que paulatinamente. Por outro lado, quando se enfrenta uma subida, apesar das dificuldades serem maiores, se fica mais afastados do chão, aumenta consideravelmente o alcance de vista: o horizonte se estende e a visão se torna muito mais completa e atrativa.

Quanto mais nos detemos fixados aos problemas, mais tempo estaremos perdendo e mais distantes permaneceremos dos nossos objetivos. Focar nos problemas mais do que o necessário atrasa a vida, nos faz esquecer daquilo a que nos propusemos e ficamos para traz. Se focarmos mais nos objetivos, e nas estratégias destinadas a solucionar os problemas, alcançaremos mais rapidamente e com mais segurança ao destino. Não existem problemas sem solução. O que existe é desvio de direção provocado pelo excesso de foco nas contrariedades. Às vezes usa-se o problema para abandonar o objetivo. É o mesmo que conformar-se com a derrota.

Os problemas não devem ser ignorados. Mas também não devem ser o leme de nosso barco. Devem ser administrados, sem perdê-los de vista, mas fora de nós. O foco deve ser a busca da solução. O lado da balança da busca da solução deve ser sempre mais pesado.

Muitas vezes somos tentados a jogar a solução nas mãos da sorte, ou de Deus, ou dos outros, conformando-nos com expressões derrotistas, apesar de habituais e culturais, como: “tinha que ser assim”, “não era prá ser”, “Deus não quis”, dentre outras. Quem se conforma desse jeito está aceitando a derrota sem lutar. Está declarando que é incompetente, ou preguiçoso. Em determinados casos nossos objetivos podem ser revistos. Mas isso não significa que os problemas são obra do destino, ou da vontade divina e que, por isso, devem ser aceitos passivamente.

O destino somos nós que traçamos. Nosso caminho somos nós que o construímos. A vontade divina é que sejamos felizes e atuemos dentro da ética, da moral e do amor. Por isso, foco no objetivo, no resultado. Administrar, contornar, derrubar os problemas transformando-os em soluções. Os problemas podem ser muito positivos, pois além de aguçar e alimentar a nossa criatividade, estão aí para dizer que não somos todo-poderosos e que temos limitações, mas os enfrentamos com a determinação necessária, sabedores que não são imensuráveis, nem inexpugnáveis. Estão aí para transformar-se em degraus para atingir altitudes maiores, em trampolim para nos impulsionar com mais força e mais rapidamente na direção do objetivo.

Quando não nos deixamos esmorecer os problemas nos transformam, reforçam nossa determinação, nos tornam mais fortes, nos tornam aguerridos. Tonificam nossa personalidade, fortalecem nosso caráter e nos tornam mais destemidos e mais decididos. Por isso, precisa focar mais nas soluções e menos nos problemas.

(02.04.2020

segunda-feira, 9 de março de 2020

Depende de cada um



É muito fácil (e habitual até) esperar que tudo ocorra exatamente da forma como se acha que deva acontecer. E, não raro, despeja-se a própria ira sobre os outros ou sobre as circunstâncias quando não acontece conforme desejado.

As pessoas estão muito habituadas a buscar fora delas as causas de suas derrotas, seus fracassos, enfim, de tudo o que não deu certo. Muitas vezes situações são atribuídas ao destino, com expressões vulgares como “não era para ser”, “não era para mim”, dentre tantas.

Muitas pessoas não sabem organizar o seu dia, decidir sobre suas atividades, limitando-se a aguardar o que vier a acontecer. Charles Chaplin, em um de seus muitos textos eloquentes escreveu: Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite; é minha função escolher o tipo de dia que vou ter hoje.

Existe um ditado taoísta que diz: Meu destino depende de mim e não de Deus. Os estrategistas não acreditavam em destino e não pediam às pessoas que consultassem livros que preveem a sorte, nem a esperar o que fosse acontecer. Ensinavam a analisar suas situações e seus atos, e a assumir conscientemente a responsabilidade por eles, bem como as consequências decorrentes.

Está em nas mãos de cada pessoa a decisão sobre que tipo de dia terá hoje, amanhã, depois de amanhã... E essa decisão se inicia já no momento do despertar. Se desperdiçar o seu tempo e suas forças para lamentar a respeito daquilo que não lhe agrada, sem buscar o lado positivo que essas situações podem gerar, estará perdendo seu precioso tempo e as oportunidades de ver que nem tudo o que se deseja é o melhor para si. Se usar grande parte de seu tempo e de suas forças apenas para criticar atitudes e comportamentos de pessoas, ou situações adversas, perderá a capacidade de ser criativa, de aproveitar essas circunstâncias para descobrir opções mais importantes e proposições que possam levar outras pessoas a terem uma vida melhor.

Limitar-se a lamentar, a criticar, a ver só o lado negativo das coisas é de certa forma, renunciar à criatividade, negar-se a enfrentar a realidade e ocultar-se de si próprio. É uma tentativa de jogar a toalha sem nenhuma luta. É não acreditar que as grandes descobertas surgiram sempre de grandes adversidades.

Não adianta buscar fora de si as forças necessárias para mudar essas situações. Elas estão dentro de cada um. Fora se pode buscar sugestões, estímulos, exemplos. Mas a decisão final sobre o que se quer depende de cada um. Todas as forças necessárias estão dentro da própria pessoa. Isso é fato. As suas atitudes é que orientarão as decisões e o alcance das vitórias. A busca de resultados dentro de si deve ser uma constante e cada vez com mais profundidade.

O poder de decidir o tipo de dia que se terá está dentro de cada um. Precisa resgatá-lo a cada dia. A cada momento. Faz parte desse processo parar de culpar tudo e todos e começar a agir, a ter atitude positiva e guerreira. Quem não caminha não corre risco de cair, mas também nunca sairá do seu lugar. Cair faz parte da caminhada, mas, levantar-se também. A gente pode aceitar a queda, conformar-se com ela e permanecer caído. Mas pode, também, não aceitá-la como definitiva e reerguer-se para começar tudo de novo se for preciso. Essa é a diferença entre ser e não ser, de perder e vencer. Vai depender da atitude: aceitar passivamente a derrota ou decidir vencer, sabendo que será preciso enfrentar lutas insanas, principalmente contra si próprio, até o dia da colheita dos frutos.

Tudo depende de cada um: pode-se, e muitas vezes é preciso buscar ajuda em muitas ocasiões. Essa ajuda pode ser material, financeira, espiritual, etc., mas a atitude é de cada um. Precisa agir com a disposição de quem está disposto a prosseguir, sem se importar com espinhos que encontrará no caminho.

É importante estar ciente que todas as situações, as circunstância, as contrariedades, as derrotas trazem em seu rastro aspectos positivos capazes de transformar vidas, desde que se saiba identificá-los e transformá-los em realidade.

Sair da zona de conforto é o mínimo que cada um deve exigir de si para alcançar seus sonhos. Quanto maior o esforço, o trabalho, a luta, mais doces serão os resultados. O mais importante de tudo é estar ciente que os resultados da vida de cada um dependem da própria atitude, das próprias tomadas de decisão.

 (09 de março de 2020)