segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

TRANSFORMAR-SE PARA TRANSFORMAR

A vida é um processo constante. Ela começa no dia da nossa concepção e se encerra em nosso último suspiro. Pelo menos a vida terrena. É como se as cortinas fechassem, e a gente ficasse de um lado, e a plateia de outro, mas sem se ver.

Durante esse processo, muitas coisas acontecem, ou poucas. Depende. Muitos fatos serão marcantes e marcarão nossos dias e os dias de muita gente. Pode-se viver esperando as coisas acontecerem. Ou pode-se fazer essas mesmas coisas acontecerem. Esta é a questão: aguardar passivamente, ou ser seu próprio artífice.

Deixar acontecer ou fazer acontecer. Ser conduzido pela vida ou viver a vida, conduzindo-a.

Todo início prevê um fim. É obvio, pois tudo o que é material tem seu período de vida. Ser humano é fazer parte deste estado material. Se cada humano tem um começo (nascimento) e um fim (morte), tudo de material que o envolve também tem um tempo limitado.

Se todo início é prenúncio de seu próprio fim, vale a pena começar? Para os fatalistas e pessimistas, não. São aqueles que esperam que tudo aconteça. Já para aqueles que optam por administrar a própria vida tudo é diferente. Mesmo cientes que muito pode acontecer à revelia de sua vontade ou de sua previsão, não se entregam à passividade dos fatos. Geram os fatos, ou no mínimo os transformam.

As casas, por exemplo, não importa se grandes ou pequenas, suntuosas ou simples, são todas construídas à base de elementos existentes na natureza. A capacidade, a vontade e a persistência humana transformam esses materiais, tornando-os habitações que abrigam bilhões de pessoas. Seria mais simples deixar tudo em seu estado natural e abrigar-se sob árvores, em cavernas, em buracos, ou ao relento. O exemplo pode parecer forçado, mas é real, faz refletir que tudo o que é transformado teve um começo muito diferente. Assim, toda vez que se decide ser ator ao invés de plateia, participa-se do processo de transformação da vida.

É importante parar para refletir sobre a vida e sobre o que ela espera de cada um. É uma forma de se dar valor. Refletir sobre os próprios feitos, naquilo que já se conquistou, na garra necessária para se perseguir aquilo que não se alcançou, mas que se deseja muito alcançar. Refletir é dizer para si mesmo que ainda há espírito de luta e esperança.

A reflexão é um caminho muito eficiente para se escolher os objetivos que realmente valem a pena perseguir, e para descobrir os melhores caminhos para atingi-los.

Refletir sobre as vitórias obtidas, sobre as derrotas. As vitórias conquistadas ensinam o caminho para outras vitórias. As derrotas são lições de vida, e elas podem se tornar marcos de empreitadas seguras e promissoras de conquistas duradouras.

É muito importante deixar claro que todos podem administrar a própria vida, fazer as coisas acontecerem e transformar os imprevistos. Ninguém nasce para ser menos capaz que os outros. Basta fazer a própria parte. Buscar respostas através da reflexão, da inteligência e do trabalho. Não precisa buscar grandes feitos. Os pequenos feitos, somados, podem ser muito mais importantes do que grandes realizações isoladas. Não se pode esquecer que toda matéria é formada por minúsculas partículas. Também não precisa ter a preocupação de ser notado.

Lembremo-nos do sol: ele está aí todos os dias dando-nos luz, calor, energia, vida... sem receber qualquer pagamento ou reconhecimento. E nem por isso deixa de cumprir sua missão.

Na vida de cada um, as conquistas são obtidas pouco a pouco. E a soma das pequenas conquistas se transforma em grandes feitos, em grandes vitórias. E é preciso que cada uma dessas pequenas conquistas chegue ao seu final, para poder começar outras, e outras, e tantas outras quantas forem necessárias.

É bom lembrar que tudo o que se começa terá um fim: é o prenúncio de uma conquista e, consequentemente, a possibilidade de se recomeçar e obter outras, outras, e muitas outras conquistas.

Por isso, olho no horizonte: ele está sempre aí disponível para ser alcançado. Para alguns ele pode estar muito distante. Para outros, muito próximo. Mas, a sua distância é proporcional à intensidade da força e da vontade de cada um. Horizonte é vida. É combustível que impulsiona a engrenagem dos passos rumo ao crescimento, à realização, às vitórias. Olhar para o horizonte e seguir em seu encalço é a diplomação dos vencedores.

(Publicado no JNB em dezembro de 2013)

domingo, 3 de novembro de 2013

LIBERDADE OU VANDALISMO?


Já há alguns tempos ocorrem manifestações pelas ruas das grandes cidades. Em alguns casos surpreendem a muitos tornando o trânsito caótico, com a interdição de algumas das principais vias. Tudo em nome da democracia.

Manifestar-se é um direito de qualquer cidadão. Direito constitucional e direito humano. E é interessante que, finalmente, muitas pessoas começaram a exercitar esse direito.

Existem várias maneiras de exercer o direito, tanto no âmbito individual quanto no coletivo, de se manifestar: pelo voto, através da mídia, nas vias púbicas, etc.

Voltando às manifestações, a mídia divulgou amplamente todos os seus passos e entornos. Ficou clara a vontade de grupos numerosos de cidadãos ordeiros enchendo vias públicas para exigir seriedade aos nossos governantes, dentre outros objetivos. E tiveram algum êxito. Pelo menos despertaram a atenção daqueles que se julgavam intocáveis.

Infelizmente, com muita frequência essas manifestações tiveram momentos diferentes, podendo ser destacados dois: no primeiro, uma manifestação sadia, organizada, civilizada. No segundo, nada de manifestação. Pura desordem, vandalismo. Certamente os dois grupos não comungam dos mesmos objetivos, dos mesmos propósitos. Nem devem possuir os mesmos conceitos de cidadania. Enquanto alguns lutam por melhores condições de vida, outros se limitam a brindar a sociedade com prejuízos de toda espécie.

Se for verdade o que aprendi desde muito cedo, que “o direito de cada um termina onde começa o direito do outro”, entendo que esses atos devem ser rechaçados de forma veemente pelas forças constituídas. Não é admissível que se continue a assistir vândalos à solta provocando impunemente todo tipo de atos incivilizados, e sendo apenas observados pelas autoridades constituídas.

Está na hora de estabelecer com clareza os limites entre a liberdade e o vandalismo. Tratar cada um deles de acordo com o que está previsto pela lei. Efetuar todas as prisões necessárias e apurar responsabilidades. Não é justo que o povo ordeiro pague a conta por prejuízos causados por uns poucos irresponsáveis sem escrúpulos, que agem à margem da lei e sem serem molestados por quem tem a obrigação de reprimi-los.

Está na hora das autoridades corresponderam às responsabilidades que lhes foram conferidas pelo sufrágio popular, pois até agora não o fizeram. E a população lhes está cobrando que cumpram o seu dever.

(Publicado no JNB em outubro de 2011)

sábado, 14 de setembro de 2013

REFLEXÕES PONTUAIS

Exiba capa do livro.jpg na apresentação de slides


Lançado em setembro de 2013.

Coletânea de crônicas e textos direcionados a quem têm como lema de vida ser um pouco melhor a cada dia. Voltado às pessoas que não se conformam em ver as coisas como se apresentam: querem melhorá-las e fazê-las funcionar de modo que seus resultados positivos atinjam o maior número possível de pessoas. A pessoas com atitude, habituadas a agregar valor a tudo o que fazem.
Pretende sugerir aos leitores a necessidade de propor soluções aos problemas e situações contrárias vividas no cotidiano. Não basta criticar, mais importante é sugerir soluções. Oferece temas motivacionais, com o intuito de proporcionar ao leitor uma leitura agradável, capaz de elevar-lhe o astral, ou mantê-lo elevado, frente às várias situações vividas.

Disponível com o autor e nas seguintes livrarias:

Asabeça: http://www.asabeca.com.br/detalhes.php?prod=6510&friurl=_-REFLEXOES-PONTUAIS

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MAIS UM ANO SEM VOCÊS

Hoje estou triste, o coração apertado.
O pensamento distante,
Relembrando outros momentos,
Outros dias...

Dias bonitos, de convivência feliz,
Pela sua presença.
Hoje vocês não estão mais,
Vocês se foram, disseram adeus!

A saudade me envolve por inteiro.
As lágrimas insistem em brotar.
A alma sofre entristecida,
Teimando em reclamar a sua presença.

Hoje o dia nasceu sorridente,
Irrigado pela luz do sol.
Mas, triste, logo escondeu os seus raios.
Ele também sente saudade de vocês...

sábado, 10 de agosto de 2013

HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS

Neste dia, quero registrar a minha homenagem ao meu pai (in memoriam). Durante o pouco tempo que permaneceu conosco, ele foi muito importante para o amadurecimento e a consolidação do meu caráter, do meu modo de ver e de encarar a vida, enfim, do meu jeito de ser. Ele marcou a minha vida com a sua simplicidade, sabedoria, humildade, espírito cristão e como exemplo de trabalhador. Ao meu pai, que me vê e me acompanha de onde estiver, a minha gratidão pelo que me passou, me ensinou, pelo exemplo que me deu. Sinto muito orgulho de ser seu filho.


Quero estender minha homenagem, também, a todos os pais: aos pais jovens, aos pais idosos, aos pais que amam, aos pais indiferentes. Aos pais que são pais por acaso e aos pais de verdade. Principalmente aos pais que assumem seu papel até as últimas consequências. Pois ser pai é uma grande missão. E toda missão, para que tenha êxito, deve ser vivida até o final.

Feliz dia dos pais.

terça-feira, 2 de julho de 2013

CRIME E INOCÊNCIA

A cada dia se ouvem notícias de crimes praticados por menores. Menores agindo sozinhos, ou liderando outros menores, ou menores liderando maiores de idade.

São crimes de toda espécie: desde os mais “inocentes”, até os mais hediondos, não imagináveis até a bem pouco tempo.

Assalta-se para roubar. Mata-se para roubar. Ou por prazer de matar. Sem arrependimento. Sem escrúpulos. Enfim, mata-se apenas para matar.

A vida deixou de ter valor. Matar parece que passou a se confundir com a conquista de um novo troféu. Quanto mais vítimas abatidas, mais cresce a quantidade de troféus na coleção do assassino.

A sociedade clama por justiça. E a justiça não acontece principalmente no caso de envolvimento de menores. Isso tudo com base nas nossas leis.

A sociedade sugere a revisão da lei, a redução da idade penal. A grande maioria exige a redução da idade penal. Afinal, quem tem direito de votar, escolher seu presidente, governador, prefeito, parlamentares, etc., presume-se que tenha consciência daquilo que faz, daquilo que pratica. Daí subentende-se que esses menores estejam cientes de seus atos.

O que não se entende é a teimosia dos nossos legisladores, e de algumas outras pessoas que frequentam a mídia, em resistir ao clamor da população. Ou será que nessa hora nossos legisladores, eleitos por nós, não nos representam? Então representam a quem?

Os crimes são mais brandos, ou menos graves quando praticados por menores? Ou não seriam crimes? Seriam crimes inocentes? Para as famílias das vítimas faz diferença se um assassinato foi praticado por um adulto ou por um menor?

Até quando a população, acuada, deverá permanecer passiva e inerte perante crimes de tamanha gravidade. Até quando nossos legisladores insistirão em tapar os próprios ouvidos para não escutar o clamor do povo?

Além disso, não conheço qualquer plano do governo voltado à recuperação desses menores assassinos. Quando detidos, permanecem recolhidos por alguns meses, ou menos, e depois são soltos, livres para reincidirem em seus atos.

Está na hora de colocar os pés no chão. De entender que quem utiliza uma arma para praticar assaltos e assassinatos deve ser julgado com base na gravidade do crime e não sob o manto protetor da cegueira teimosa que insiste em ocultar a realidade atual.
(publicado no JNB em junho de 2013)