terça-feira, 12 de junho de 2012

HOMENAGEM AO DIA DOS NAMORADOS




Existem momentos na vida que parece que todas as pessoas nos abandonam. Deus, então,  coloca anjos à nossa disposição.

Esses anjos são os nossos amigos, as nossas amigas. Eles estão presentes em nossos momentos bons e nos momentos ruins. Sempre presentes. Física ou espiritualmente. Eles aparecem em nossas vidas, se instalam nela e se transformam em seres insubstituíveis.

São anjos da nossa guarda, que estão sempre conosco, de dia e de noite. Sempre. Estão em nosso coração.

Agradeço a Deus por ter sido presenteado por um grande anjo/amigo, que é você.


terça-feira, 5 de junho de 2012

NA DEIXE PASSAR BATIDO




A gente descobre o valor das coisas  quando elas faltam.

Quem sente fome entende perfeitamente o valor dos alimentos. O mesmo pode-se dizer da relação entre a água e a sede.

O princípio é aplicável, também, às pessoas, aos colegas, aos amigos. Passamos a maior parte do nosso dia e de nossa vida ao lado de pessoas. E às vezes nem as percebemos. Porque não lhes damos o devido valor. Apenas passam por nós, e as ignoramos (de forma consciente ou não).

Basta estar sozinhos para sentir a sua falta, descobrir o seu valor, a importância da sua presença (física ou espiritual). Percebe-se o tanto que elas representam para nós, o tanto que elas são importantes para nós. E descobre-se o quanto não sabemos valorizá-las.

Não somos eternos. As pessoas não são eternas. São passageiras, viageiras, caminheiras rumando para algum lugar. Podemos segui-las, ou não. Elas podem nos seguir, ou não. É uma questão de atitude, é opção de cada um. Mas existe uma verdade: não estarão ao nosso lado para sempre. Nem nós ao lado delas.

Pessoas queridas passam pela nossa vida, somam, fazem a diferença, e se vão. Às vezes não tivemos a oportunidade, ou a coragem, ou a consideração de dizer-lhes quanto são e serão importantes para nós. Existem pessoas que conseguem fazê-lo até com naturalidade. A vida lhes ensinou a viver assim. São diferentes, privilegiadas, que conseguem ver nos outros partes de si mesmas, complementos de si, de sua vida. Pessoas que edificam a sua existência, dia após dia, baseando-se no valor da amizade e do amor.

Pessoas passam despercebidas pela nossa vida. Outras marcam-nos profundamente. Porque conseguem entrar no nosso coração e gravar nele o seu nome. Essas jamais serão esquecidas, porque o nome escrito no coração é indelével. Não se apaga. É eterno. São os amigos, as amigas que prezamos de verdade.

Nós também passamos pela vida de muitas pessoas. Em quantas permanecemos? Quantas se lembrarão de nós? Apenas aquelas em cujo coração deixamos gravado o nosso nome.

Muitas pessoas passaram pela nossa vida e delas sequer lembramos da fisionomia, da idade, do nome (se tinham nome!), enfim, não lembramos de nada delas. Ou, quem sabe, não lembramos sequer que passaram por nós. Ou lembramos apenas vagamente, devido a algum episódio que gerou uma lembrança na memória. E só.

Mas de muitas lembramos com detalhes: são aquelas que deixaram sua marca em nossa vida. Ou em momentos dela. Seus nomes estão gravados em nós para sempre. São pessoas que ofereceram, mereceram e receberam nossa amizade. Algumas do tempo da infância. Outras mais recentes. Em todas as fases da vida pessoas foram importantes (e continuam sendo).

São as pessoas que amamos. São amigos. Confiaram em nós. Confiamos neles. Passaram a fazer parte da nossa vida. Estão sempre presentes, mesmo que distantes há muitos anos. Porque amigos são como irmãos: a gente não escolhe. Eles aparecem, se instalam em nós e permanecem. E nos fazem bem.

Um aperto de mão, um olhar de aprovação, de desaprovação. Um sorriso. Um estímulo. A simples presença, ou a distância às vezes. A certeza de estar sendo apoiado sempre. Esse é um amigo. Este gravou o seu nome no coração. Será sempre um amigo. Será sempre alguém muito especial.

Amigo que nos aceita como somos, sem exigir que mudemos, que sejamos diferentes, que os imitemos, que sejamos como ele. Que vivamos de acordo com o seu estilo, com seus gostos, o seu jeito de viver. Que se adaptou ao nosso jeito de ser. Que não pediu nada em troca, porque sabia que receberia reciprocidade na mesma proporção ou, quem sabe, em escala ainda maior.

Amigo está sempre presente. Sabe entender nossos momentos de azedume, de falta de lucidez. Confia em nós. Apoia-nos nos momentos em que mais precisamos. Antecipa-se à nossa necessidade. Quando dele precisamos, ele já está presente, mesmo que às vezes o ignoremos, ou não lhe dediquemos a consideração devida, porque naquele momento não estamos carentes de sua ajuda e de sua companhia.

É importante valorizar as pessoas que nos querem, nossos amigos, porque são e serão sempre especiais. Se deixarmos que passem por nós despercebidos farão falta amanhã. E será tarde. E quando fica tarde, já houve a perda.

Na vida existem ganhos e perdas. Algumas perdas são irrecuperáveis, irreparáveis, das quais nos arrependemos, e de que nos deixam chateados. Pessoas especiais que não valorizamos. Ou pior, que as descartamos antes mesmo de dar-lhes (e de dar-nos) uma oportunidade. E isso nos entristece, porque percebemos que fomos os únicos culpados por tal perda.

É muito importante valorizar o que não se perdeu, o que se conquistou, o que se poderá conquistar no futuro, e aprender a não perder o que não deve ser perdido.

(Texto publicado no JNB em junho de 2012)

domingo, 13 de maio de 2012

HOMENAGEM À MINHA MÃE



Neste dia quero homenagear a minha mãe, mesmo que esteja presente somente em espírito, no pensamento, na saudade.

Após 90 anos de convivência neste mundo, há dois anos e meio você tomou o elevador da eternidade e foi morar com Deus, lá no céu, onde se encontrou com o pai e dois irmãos que se foram ainda bebezinhos.

Mulher, forte, valente, trabalhadora, amiga, sempre presente nos momentos ruins e nos momentos bons de nossas vidas. Nunca mediu esforços ou sacrifícios para atenuar a dor e o sofrimento daqueles que você amava.

Deus quis levá-la. E a levou. Está usufruindo do descanso dos justos. Vivendo a vida daqueles que acreditaram que um dia ressuscitariam para a verdadeira vida. Ao lado de Deus você está velando por nós e por todos aqueles que a amaram e que você amou. Sem exceção de ninguém. De todos os amigos e amigas.

Você está olhando e agradecendo a todos aqueles que a ampararam, assistiram, cuidaram de você durante os longos meses de sua agonia.

Mãe, muito obrigado pela vida que me deu, por ter-me criado com tanto amor e carinho mesmo diante de muitas dificuldades e sacrifícios, por ter-me ensinado desde bebê a boa educação, o verdadeiro amor, a verdadeira vida, a existência de um Deus todo poderoso, por ter-me colocado no caminho do bem. Obrigado pelo exemplo de vida.

Todos nós sentimos saudade. Saudade eterna. Sua partida criou um vazio muito grande. Mas, conforta-me saber que você está vivendo a vida eterna, junto àquele Deus que você sempre amou e respeitou e me ensinou a amar e a respeitar. E do lado de Deus você está olhando por todos nós. Um beijo bem grande, com muito amor, e até um dia!

terça-feira, 17 de abril de 2012

É FERIADO?

Você gosta de feriado? E de feriadão, quando se emenda (ou se enforca) mais de um dia?

É claro que os feriados são sempre bem-vindos, principalmente para quem trabalha ou estuda. É um dia a mais que se ganha para descansar, ou passear, ou para ter um tempo maior para fazer algo fora da rotina.

Mas será que a nossa gente conhece o sentido dos feriados? Será que conhece a origem de cada um, ou o que se celebra em cada feriado?

Para muitos o sentido do feriado fica em segundo plano (ou nem fica!). O que conta é o feriado em si, dia em que não se trabalha, não se freqüenta as aulas, etc. Também não se vê muito esforço para prestar os devidos esclarecimentos à população. A própria mídia não se esforça muito. Prefere mostrar os grandes congestionamentos de carros que se formam nas principais artérias das cidades grandes, ou nas vias que dão acesso ao interior ou ao litoral.

Feriados religiosos, feriados civis, todos lembram um evento muito importante que aconteceu no município, no estado, no país ou no mundo, em tempos recentes ou remotos.

Desde a antiguidade os feriados tinham como objetivo relembrar algum fato de grande destaque para determinado povo. A Páscoa, por exemplo, significa para os Judeus, a passagem do estado de escravidão, imposta pelos egípcios, para a liberdade, rumo à Terra Santa, conduzidos por Moisés. Depois, foi adotada pelos Cristãos, como a passagem da morte para a vida, lembrando a ressurreição de Jesus.

Feriado da independência, para qualquer país, significa, no mínimo, a passagem do estado de dependência política para o de independência.

Todos os feriados, para qualquer povo, ou para qualquer religião, têm um sentido muito profundo, daí a importância de manter as populações informadas a seu respeito.

A falta de esclarecimento contribui para a alienação da população. A falta de iniciativa das pessoas em saber o sentido do feriado é uma forma que cada um escolhe para se alienar.

São inúmeras as pessoas, no Brasil, que “curtem” feriado de qualquer espécie, mas sem se preocupar em buscar informações sobre a sua origem, o seu sentido, sobre o que ele representa.

Um povo que cultiva sua tradição, que celebra conscientemente as datas importantes, sejam civis ou religiosas, é um povo comprometido consigo mesmo, com sua terra, com aquilo que contribuiu para a construção da sua sociedade, da sua cultura, da sua educação.

(Postado no JNB em abril de 2012)

sábado, 31 de março de 2012

A FUNÇÃO DA TERRA

Deus criou a terra e criou o homem para possuí-la, dominá-la, fazê-la produzir alimentos, para dela extrair-se o conforto necessário.

Não se sabe há quantos milênios o homem inteligente a domina, mas sabe-se que muito cedo percebeu o seu valor. Aprendeu rapidamente que a terra é sinal de riqueza e de poder. Grandes movimentações de povos ocorreram com o passar dos tempos, sempre em busca de terras melhores ou mais abundantes.

Tem-se registro de longas e contínuas guerras entre povos, entre clãs e entre pequenas famílias, sempre com vistas a dominar extensões sempre maiores de terras. A ganância sempre imperou abundantemente.

Em tempos mais recentes, o que buscavam os navegadores e os descobridores senão mais riquezas através do domínio de mais terras?

Enfim, através da história observa-se que quanto mais posses o homem possuir, mais poderoso será. Mesmo extensões de terras sem qualquer cultivo. Desta forma, poucos permaneceram como proprietários das terras férteis e muitos, sem elas, passaram a trabalhar para os primeiros ou submeter-se a privações de toda espécie.

Surgiram conflitos entre povos, entre organizações ou entre homens para obter sua propriedade, ou migrações em massa para terras novas. Os séculos XIX e XX, por exemplo, foram marcados fortemente pelos movimentos migratórios. Os meus antepassados e os de muitos dos meus leitores são oriundos da velha Europa. Para cá se dirigiram para começar vida nova como proprietários de terras, decididos a fazê-las produzir, extrair riquezas, e ter uma vida melhor.

No Brasil, mais recentemente, grupos criaram movimentos para lutar por seu pedaço de terra, luta essa que muitas vezes provoca baixas de ambos os lados, contradizendo a finalidade e a função da terra, que é de produzir e dar vida, nunca de tirá-la.

Todos sabem que o Brasil possui terras férteis para todos os que quiserem trabalhar. Milhões de hectares ainda esperam por alguém que os cultivem. O que falta é boa vontade de quem detém o poder de distribuir, de incentivar a fixação do homem no campo e de financiar as primeiras colheitas e escoar os bens produzidos.

Regras muito claras devem reger esse processo para evitar que aproveitadores colham o ensejo para enriquecer-se ainda mais às custas de outros mais ingênuos.

A posse da terra deve ser acompanhada e os seus novos proprietários orientados por técnicos, com a finalidade de otimizar a produção.

Deve-se esquecer da denominação reforma agrária, e passar a definir com clareza e determinação uma política agrária. Os horizontes, as metas, os objetivos e a maneira de como alcançá-los devem ser transparentes, suficientemente discutidos e clara e corajosamente postos em prática, com o compromisso de continuidade dos governos seguintes. É importante que se destine a cada família a quantidade necessária, sem preconceitos e com total isenção, levando em conta que parte da terra deve ser preservada com vegetação e parte para o cultivo. E toda a terra distribuída deve cumprir com sua missão.

A política agrária deve levar em consideração todas as terras com potencial para agricultura e pecuária, salvaguardando aquelas que já cumprem sua missão: as que são produtivas. Toda a terra deve cumprir a sua finalidade de produzir alimentos e riquezas e sua distribuição deve obedecer a padrões pré-determinados que considerem a vocação de seus novos proprietários para cultivá-la e deve ter tamanho suficiente para atender as suas necessidades.

Os títulos de propriedade são importantes para legitimar o proprietário, mas a legislação deve ser muito clara no tocante à obrigatoriedade do cumprimento da sua missão. A legislação a que me refiro deve prever a proibição de venda ou permuta das terras por determinado tempo, para evitar que aproveitadores se beneficiem da boa fé ou da ingenuidade de pessoas mais simples.

A mesma legislação deve ser aplicada a todos os detentores de terras no Brasil, lembrando que a lei é igual para todos. Incluem-se as propriedades dadas aos índios. Entendo que a delimitação de reservas não é uma boa política, pois mesmo tentando-se resguardá-los de investidas de espertalhões, é uma forma de isolá-los, de segregá-los, de negar-lhes o conforto do progresso. Mantê-los à margem daquilo de bom que o progresso nos proporciona não é um gesto cristão. Devem ser tratados com igualdade, respeitando sua cultura. Ao invés de reservas, dar-lhes títulos de propriedade e toda a assistência necessária para fazer com que suas terras produzam e através delas busquem o progresso e o bem estar sempre maior.

(Artigo publicado no JNB em 22 de maio de 2004

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

AINDA HÁ TEMPO


No vai-e-vem da vida, a vida vai-e-vem, vem-e-vai...

Nessa loucura, às vezes o homem se esquece de sua condição humana, feita de carne e de ossos, mas também de inteligência, de amor e de sentimentos. Feito uma máquina estruturada e configurada para funcionar com perfeição, de repente passa a apresentar defeitos, desvios, avarias, desgastes.

A sobrecarga de informações materialistas com que é bombardeado e que assimila no dia a dia o direciona e o condiciona a buscar mais e mais coisas, sem se preocupar de intercalá-las com algo que lhe agregue valor e edifique o seu interior.

A educação singela recebida nos longínquos dias no regaço materno, a qual destacava a importância dos sentimentos, da amizade, da solidariedade, de que a pessoa é o que ela é, e não o que ela possui, aos poucos é substituída pela busca obstinada, doentia de bens e posições efêmeras.

Aquele coração cultivado com todo o carinho e enriquecido de boas intenções, de sonhos, de sentimentos, esvazia-se pouco a pouco, dando lugar, mesmo sem perceber, a um amontoado de materialidades vazias.

Passados os anos, dono de muitas coisas, mas de coração vazio, o homem percebe que correu o tempo todo ao redor de si mesmo, perseguindo a sua própria sombra (ou será que era o seu rabo?!) e quando imaginou ter alcançado os seus objetivos, sentiu-se só, distante, desfigurado e... não se reconheceu. Percebeu que as riquezas que amealhou não são suficientes para torná-lo feliz.

Percebeu que consumiu muito da sua preciosa vida à toa, à procura de bens e de posições que não eram essenciais para a sua felicidade. Coisas importantes sim, que poderiam ajudar a tornar a sua vida mais fácil, mais confortável, mas não eram a essência da sua vida.

E nessa encruzilhada deverá decidir: continuar a correr sem rumo e desgovernado, ou parar, refletir e retomar o caminho da verdadeira felicidade, mesmo que signifique retornar e abandonar conceitos até então tidos como imprescindíveis, irremovíveis e absolutamente necessários para a sua vida, e passar a se enriquecer de simplicidade, de tudo o que é singelo, resgatando o relacionamento fraternal com as pessoas que, de repente, percebe que convivem com ele.

Pode, às vezes, parecer tarde para recomeçar. Definitivamente não é. Sempre é tempo de retornar... de recomeçar... de ser feliz...

(Publicado no JNB em fevereiro de 2012)

SE VOCÊ VOTOU CERTO...



Mais uma vez o dever nos convocou para escolher aqueles que nos representarão por um longo período. Comparecemos às urnas. Votamos.

O voto é muito importante na vida dos cidadãos e na vida de cada nação. Através dele os cidadãos aprovam ou desaprovam as atitudes daqueles que os governam. Pelo voto os cidadãos renovam suas esperanças de melhoria. Dizem “sim”, ou “não” a propostas ou a fatos consumados. É a melhor arma à disposição de cada cidadão para se manifestar, para exigir, propor, aprovar ou reprovar pessoas e propostas.

A importância do voto em uma sociedade democrática é indescritível. É através dele que podem ser operadas transformações radicais, guinadas de cento e oitenta graus (ou mais, quem sabe!), profundas alterações de rumo, substituições de objetivos coletivos. Tamanha é a força dessa arma denominada “voto”.

Mas por ser uma arma tão poderosa ela pode agir contra quem a detém, e causar-lhe sérios prejuízos. É quando o voto não é levado a sério, quando usado em tom de brincadeira, para “zoar”, voto de protesto, dentre outras denominações. Toda vez que o cidadão utiliza o voto com essa finalidade está apontando essa arma contra o próprio peito. Essa maneira incorreta de protestar pode eleger incompetentes para nos representar, para propor, para decidir em nosso nome.

O que é que se ganha com esse tipo de protesto? Nada. Perde-se muito.

Mas existe um jeito correto de utilizar o voto de protesto: é votar apenas naqueles que realmente merecem a nossa confiança, que vêm o coletivo acima do pessoal, o público acima do privado. Sem ter medo de mudar. Substituir nomes, pessoas, pontos de vistas, opiniões, crenças, culturas.

Este é o voto de protesto que agrega valor, que constrói, que transforma, que favorece a sociedade como um todo. Voto privativo àqueles que realmente votam conscientes.

Se você votou assim, parabéns. Se não, pense nisso. Haverá outras eleições à frente.

(Publicado no JNB em outubro de 2010)