sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Meus 76 anos - só gratidão

Dia 01.11.1949 completo 76 anos. Não celebro apenas a passagem do tempo. Celebro uma linda caminhada. Celebro a mão de Deus guiando meus passos, o amor que encontrei no caminho, as lutas que me forjaram e as alegrias que me alimentaram.

76 anos não é apenas um número. É a soma de muitas histórias. Algumas suaves como a brisa do amanhecer, outras duras como rocha, mas todas necessárias para que eu me tornasse quem eu sou. Aprendi com a vida que o que importa e permanece não é o que acumulamos, mas o que deixamos nos outros: um gesto de bondade, uma palavra que levanta, um ombro amigo, um exemplo silencioso.

Tenho a alegria de dizer que a vida valeu a pena, e continua valendo, porque amei, porque fui amado, porque plantei, porque colhi, porque errei e recomecei, porque não deixei de caminhar mesmo quando os pés doíam ao pisar, descalços, o chão inóspito e espinhoso.

Hoje, o balanço que faço não se pauta em saudosismo, mas em gratidão. Agradeço a Deus que nunca me deixou desamparado. Agradeço à minha linda família que deu sentido a tantas batalhas. Agradeço aos amigos, aos que ficaram e aos que passaram, porque cada encontro deixa uma marca.


E olhando para frente, aos 76, não peço que o caminho seja mais fácil. Peço apenas que eu tenha sabedoria para viver bem o que ainda me restar, com serenidade para aceitar o que não posso mudar e com coragem para continuar sendo útil, justo e humano.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Cuidado com o medo

Não se pode esquecer que o medo é só o medo. 

Ele nunca o obriga a tomar qualquer ação. 

A gente é que escolhe. 

Mas, não se pode esquecer que o medo nunca conduz  ninguém ao topo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Histórias para a minha infância



Meu último lançamento. Caso queira adquirir, entre em contato via e mail
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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

A parceria entre rios e vales (crônica)

Todos sabem que, como grandes amigos, rios e vales trabalham em parceria desde os primórdios. Há uma cumplicidade muito forte entre eles. É um pacto silencioso que atravessa séculos, milênios...

O rio é um sonhador, um aventureiro: como principal função escolheu correr, ora lenta, ora violentamente. Rasgando longas distâncias ele distribui suas águas pela natureza afora, abastecendo reservatórios, populações de todas as proporções.

Já o vale escolheu outra missão: ser paciente e acolhedor. Juntos, rios e vales, desenharam os contornos do mundo começando nos primeiros tempos, e continuando a atualizá-los até nossos dias.

Quando as nuvens descarregam suas águas abundantes sobre as montanhas, os vales as acolhem com os braços estendidos e as conduz rumo ao seu próximo destino: o rio. O rio as recebe e as incorpora ao seu leito, e segue em diante. Serpenteia, canta (ruge às vezes), ora lento, ora mais destemido (ou até feroz). Existem momentos em que vai além de seu leito original, transbordando e invadindo com todo entusiasmo o espaço do vale.

O vale, ao invés de reclamar pela invasão temporária do rio, o acomoda ternamente, pois conhece o gênio de seu amigo, e o mantém abraçado fortemente.

Essa parceria provoca transformação por onde o rio passa: no lugar onde havia pedras fica depositada areia, onde o rio descansa são despejados sedimentos que promovem a fertilidade da terra. Essa parceria faz os vales florescerem e alimentarem muitas vidas.


terça-feira, 7 de outubro de 2025

O sol e a lua - uma amizade brilhante (fábula infantil)

Era uma vez... 

Lá no alto do céu, o Sol brilhava majestoso, e uma Nuvem fofinha sorria feliz enquanto distribuía pequenas sombras refrescantes. Os dois permaneciam bem no alto, um ao lado do outro, e passavam os dias observando a vida na terra. Tinham um olhar especial para as crianças que brincavam nos campos, e para as plantinhas que cresciam nos jardins.

O Sol vivia espalhando luz e calor. Ele ajudava as flores a se abrirem, amadurecia os frutos e enchia os corações das pessoas de alegria.

- Olá, mundo, dizia o Sol todas as manhãs, com um sorriso iluminado. Vou mandar para vocês um dia cheio de luz e de energia.

Mas, às vezes, o calor era tanto que as plantas ficavam cansadas, os rios começavam a secar e até os bichinhos procuravam a sombra.

Foi então que a Nuvem, suave como uma bola de algodão, chegou com uma ideia:

- Amigo Sol, você toparia trabalhar junto comigo, em parceria? Assim, quando você brilhar demais, eu venho e trago um pouco de sombra e chuva fresquinha. Desse jeito, tudo fica equilibrado.

O Sol pensou por uns instantes, achou a ideia brilhante e respondeu:

 - Gostei da ideia. Maravilha. Vamos formar uma equipe.

E assim fizeram. Quando o dia estava muito quente, a Nuvem passava devagar e deixava gotas de água caírem, refrescando tudo. Às vezes, ela se esticava como um cobertor e deixava o céu nublado por um tempo, enquanto o Sol descansava atrás dela.

Os benefícios dessa parceria apareceram rapidamente, porque não houve mais excessos, e tudo ficou muito melhor, inclusive a qualidade de vida. As árvores dançavam suavemente, os riachos cantarolavam felizes e as crianças se divertiam pulando nas poças d’água.

A partir daquele dia, o Sol e a Nuvem se tornaram grandes amigos e essa amizade crescia cada vez mais e eles nunca mais trabalharam sozinhos. Descobriram que quando existe união e todos decidem se ajudar, tudo fica mais fácil e muito melhor.

E no céu, até hoje, se vê o Sol e a Nuvem em perfeita harmonia, cuidando do mundo com luz, sombra, chuva e carinho.

Pensamento: Quando cada um faz a sua parte e coopera com o outro, o mundo se torna um lugar mais feliz e melhor para todos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O boi e o cavalo (fábula)

Em outros tempos...

Numa antiga e próspera fazenda, um boi e um cavalo pastavam juntos quando, de repente, começaram a discutir sobre qual dos dois era mais importante para o fazendeiro.

- Claro que sou eu, ponderou o boi, com voz firme: eu proporciono a carne para alimentar a família.  E enquanto isso não acontece, puxo o arado para cultivar os campos.

O cavalo bateu os cascos no chão e respondeu prontamente:

- Sou eu, sem dúvidas. Eu transporto mercadorias e pessoas de um lugar para outro. Sou o símbolo de força e coragem! Sem mim, muitos ficariam em seus lugares, sem conhecer o mundo.

O boi balançou a cabeça, contrariado:

- Veja bem, cavalo. tu és veloz, mas não trabalhas todos os dias como eu.

Nervoso o cavalo relinchou, balançou o pescoço e respondeu:

- E de que adiantaria tanto alimento plantado e colhido, se não pudesse ser carregado para outros mercados? Sem mim, os grãos ficariam parados, sem comércio, sem chegar às mesas.

O dono da fazenda ouviu a discussão dos dois e interveio:

- Meus bons amigos, não há motivo para brigarem. Cada um tem sua função. O boi é a força que sustenta a lavoura, e o cavalo é a velocidade que transporta os alimentos. Um completa o outro. Sem o trabalho de vocês dois, a vida do homem seria bem mais difícil.

O boi e o cavalo se olharam em silêncio e concordaram. Descobriram que a grandeza não está em ser mais útil que o outro, mas em reconhecer que cada ser tem seu próprio papel no mundo.

 

Reflexão: A verdadeira sabedoria está em reconhecer que ninguém é superior, apenas diferente em sua utilidade.